Abusos sexuais começaram há dois anos; menina nunca pediu ajuda para a família de Jaci/SP por receber ameaças.
“Ela ficava mais na dela, vendo vídeo no celular, quieta, no canto dela. Nunca percebi nada. Ela guardou tudo para ela”. O relato é da mãe da menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto, em Jaci/SP.
A mulher afirma que os abusos sexuais contra a criança começaram há dois anos, mas a menina nunca pediu ajuda para a família, porque o homem, que foi preso, ameaçava matar a mãe dela caso contasse.
“No dia que ela contou, falou só que ele passava a mão nela, não chegou a contar o que deu no laudo. Para o médico do laudo, ela realmente contou o que aconteceu.”
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem passou a ser investigado depois que a criança contou à mãe que, desde 2019, o padrasto a obrigava a assistir diversos vídeos pornográficos e passava a mão nas partes íntimas dela.
Depois de escutar a filha, a mulher conversou com o companheiro, que negou ter estuprado a enteada e apresentou versões divergentes sobre as acusações, o que fez com que a mãe da menina resolvesse procurar a polícia, ainda segundo o B.O.
A vítima fez exames, que constataram o estupro. O Conselho Tutelar foi acionado e elaborou um relatório sobre o caso. O homem permanece preso.
Crimes dentro de casa
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 73% dos casos de abuso infantil registrados no país ocorrem na casa da vítima ou do suspeito. Além disso, 40% dos crimes são cometidos pela figura paterna.
Evandro Pelarin, juiz da infância e juventude de São José do Rio Preto/SP explica que a exploração sexual pela internet está entre os crimes mais comuns.
“Vem crescendo bastante os crimes praticados pela internet, principalmente envolvendo nudez, pedofilia, de crianças e adolescentes. Isso nos preocupa muito, porque na pandemia as crianças ficam mais tempo na internet”, diz.
*Com informações do g1