Partículas tóxicas provenientes da fumaça podem aumentar número de internações em hospitais.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo fez um alerta para o aumento dos riscos de doenças respiratórias devido ao período de queimadas no Estado. Segundo a entidade, de janeiro a março foram registradas mais de 13 mil internações pela inalação de fumaça – sobretudo em casos envolvendo bronquite, enfisema e asma.
Tal número pode aumentar significativamente durante o período de queimadas, uma vez que os focos de fogo coincidem com o tempo frio e seco, provocando a piora dos quadros respiratórios. As partículas tóxicas provenientes da fumaça também podem desencadear tosse seca, irritação nos olhos, pneumonia e problemas cardiovasculares.
Em 2022, o total de internações por doenças respiratórias cresceu 34,3% em relação a 2021. Internações por asma cresceram 34,4%, de 11.551 casos em 2021 para 15.533, e os atendimentos ambulatoriais subiram 99,5%, de 8.115 casos para 16.197. As internações por bronquiolite cresceram 39%, de 16.357 para 21.593, e os atendimentos, 48,3%, de 40.974 para 60.804.
Época de queimada
Os meses de junho a outubro são os que apresentam o maior número de queimadas, prática que visa a remoção de vegetação ou preparação do solo para a agricultura e pecuária. Esse período também concentra os casos de intoxicação por inalação de produtos químicos, gases, fumaça e vapores.
Para aqueles que moram próximos de áreas onde ocorrem queimadas, o recomendado é evitar o contato com o local, aumentar a hidratação, fechar a casa para evitar que a fumaça entre, manter alimentação adequada, além de usar vaporizadores, bacias de água e toalhas molhadas no ambiente. O uso de máscara também é uma opção para os dias em que o ar estiver muito carregado.