Funfarme inaugura sala para suas colaboradoras amamentarem, nesta terça-feira, primeiro dia da Semana Mundial de Aleitamento Materno

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Funfarme inaugura sala para suas colaboradoras amamentarem, nesta terça-feira, primeiro dia da Semana Mundial de Aleitamento Materno - Foto: Reprodução

Fundação disponibiliza para suas profissionais dois espaços dentro do HCM, equipados com quatro máquinas de ordenha, com atendimento 24 horas.


A Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) inaugura nesta terça-feira, dia 1º, uma sala de apoio às colaboradoras que estão amamentando. O espaço é uma expansão do Posto de Coleta de Leite Humano (PCLC) do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto, vinculado ao Banco de Leite Humano da cidade, e começa a funcionar no primeiro dia da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2023 (1º a 7 de agosto).

Com a expansão do posto de coleta, a Funfarme adere ao tema da campanha da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2023, que é “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”. A enfermeira supervisora da unidade neonatal e coordenadora do grupo de apoio ao aleitamento materno, Renata Pereira Rezende, explica que pelo menos cinco colaboradoras já utilizavam o Posto de Coleta de Leite Humano do HCM. Com a campanha mundial, a Funfarme decidiu expandir o serviço, ampliando a capacidade de atendimento com a aquisição de uma máquina de ordena. As salas são equipadas com poltronas, geladeiras, máquinas de ordenha, kits de ordenha e funcionam 24 horas, inclusive aos finais de semana.

Atualmente a Funfarme tem mais de 8 mil colaboradores, sendo 4.913 (Hospital de Base), 1.084 (HCM), 275 (Ambulatório), 213 (Hospital Municipal), 75 (Lucy Montoro) e 131 (Hemocentro), entre outros. Desse total, 71% são mulheres e pelo menos 93 estão afastadas por licença maternidade. O Ministério da Saúde recomenda, por meio do Guia para Implantação de Salas de Apoio à Amamentação para a Mulher Trabalhadora, que “a cada 400 trabalhadoras em idade fértil seja disponibilizada uma poltrona para retirada do leite do peito”.

Além disso, Renata ressalta que garantir a manutenção do aleitamento materno após o término da licença maternidade é um direito previsto por lei (artigos 392 e 396 da CLT). “As trabalhadoras têm direito a dois descansos especiais, de meio hora cada um, além do intervalo normal para sua própria alimentação, para amamentar o próprio filho até 6 meses. Mas para que possam continuar amamentando, inclusive até os dois anos de vida da criança, essas mulheres precisam de apoio familiar e apoio da empresa onde trabalham, com a implantação de salas de apoio à amamentação, para extração de leite materno na volta ao trabalho”, observa.

Foto: Reprodução

“Muitas mulheres não sabem que podem tirar seu leite no trabalho, guardar de forma adequada e utilizá-lo para alimentar o próprio filho ou até para doar a outro bebê”, afirma Renata.

“Nosso objetivo é oferecer mais conforto e comodidade para que as profissionais que estão amamentando possam tirar seu leite, congelar e, no final do expediente ou plantão, levar o alimento para casa. E para quem tem leite excedente, proporcionamos a possiblidade de doar para o banco de leite, o que vai ajudar a salvar a vida de um bebê prematuro”, diz o vice-diretor da Funfarme, Wagner Vicensoto.

#SMAM2023

Os direitos das mães trabalhadoras que amamentam são o tema da campanha da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2023, que acontece de 1º a 7 de agosto. O slogan “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham” foi definido pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, em inglês), para facilitar o desenvolvimento de ações para defender os direitos da mulher trabalhadora que amamenta.

A Semana de Doação de Leite Humano, Instituída no Brasil em 2015, tem como objetivo sensibilizar para a importância da doação de leite humano e incentivar o aleitamento materno.

Coleta

Somente no primeiro semestre deste ano, o Posto de Coleta de Leite Humano do Hospital da Criança e Maternidade arrecadou mais leite humano do que o total registrado nos 12 meses do ano passado. Foram coletados 345.298 litros de leite humano, em 5.450 atendimentos de janeiro a junho, contra 265 mil litros de leite humano e 4.098 atendimentos de janeiro a dezembro de 2022. De acordo com Renata Rezende, o recorde deste ano foi registrado no mês de maio, com 809 atendimentos e 48.427 litros de leite humano.

O leite humano é o ideal para o bebê porque contém a quantidade adequada de nutrientes, imunoglobulina, de água, de gordura. Além disso, Renata Pereira Rezende ressalta que a mãe produz leite com características correspondentes ao que seu filho prematuro está precisando em determinado momento.

Quem pode doar:

O Posto de Coleta de Leite Humano faz a coleta do leite das mães que são atendidas no HCM. Prioritariamente, o leite é direcionado ao filho internado na UTI do hospital. Já o excedente é direcionado ao Banco de Leite. Para isso precisam:

– Estar amamentando ou ordenhando leite humano para o próprio filho;
– Apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite humano.

Como doar:

A doadora pode entregar o leite no Banco de Leite ou coletar e armazenar o leite excedente em casa. Em ambos os casos, são fornecidos os frascos para armazenamento.

Se quiser ou não puder ir até o Banco de Leite, a Unidade Volante vai até a casa da doadora para colher o leite. Basta telefonar para o telefone do serviço (17) 3214-3422.
Endereço do Banco de Leite: Av. dos Estudantes, 1886 – Vila Aeroporto – São José do Rio Preto