Fibromialgia e nutrição: existe associação?

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Foto: Jonathan-Borba/Unsplash

O mês de fevereiro é conhecido pela campanha Fevereiro Roxo, destinada à conscientização contra doenças crônicas: Lúpus, Doença de Alzheimer e Fibromialgia.


As três patologias apresentam relação com a nutrição e com o estilo de vida, uma vez que bons hábitos no dia a dia contribuem para reduzir o risco de desenvolvimento ou amenizar sintomas da doença já instalada.

Fibromialgia e nutrição

A síndrome da fibromialgia é classificada como dor crônica generalizada associada à fadiga, má qualidade do sono e inúmeras comorbidades. Estima-se que apresente uma prevalência mundial de 1,78%, com predomínio no sexo feminino. Dessas comorbidades, algumas estão em destaque: ansiedade, depressão, enxaquecas e/ ou dores de cabeça e síndrome do intestino irritável.

A eficácia das mudanças na dieta na fibromialgia foi avaliada em uma revisão sistemática (Lowry et al., 2019) que identificou vinte e dois estudos, incluindo 18 ensaios clínicos randomizados (ECRs) e quatro estudos de coorte que foram elegíveis para inclusão. Os estudos mostraram mudanças significativas na dor relatada para aqueles que seguem uma dieta vegana, bem como com as dietas de oligo di-monossacarídeos e polióis de baixa fermentação (FODMAP).

Um outro ponto em destaque da revisão foi a suplementação com algas verdes Chlorella, coenzima Q10, acetil, l -carnitina ou uma combinação de vitamina C e E melhoraram significativamente as medidas de dor em pessoas com fibromialgia. Isso se dá por conta do poder anti-inflamatório, antioxidante e promotor de energia, mecanismos relacionados a amenização de dor, desconforto e fadiga decorrente da doença.