Febre maculosa: reunião discute medidas a serem implantadas no Parque da Cultura  

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Febre maculosa: reunião discute medidas a serem implantadas no Parque da Cultura - Foto: Reprodução

Encontro foi realizado para tratar de forma preventiva de assuntos relacionados à doença e discutir, em especial, a situação das capivaras que habitam o local.


A Secretaria da Cultura e Turismo da Prefeitura de Votuporanga realizou, na última segunda-feira (19.jun), uma reunião para tratar de assuntos relacionados à febre maculosa e discutir, em especial, a situação das capivaras do Parque da Cultura. Importante ressaltar que, até o momento, nenhum caso suspeito ou positivo foi registrado em Votuporanga em 2023 e nos últimos anos. Durante a discussão foram apontadas algumas ações de prevenção da doença com órgãos ligados a Saúde e ao Meio Ambiente. 

Participaram da discussão, a secretária da Cultura e Turismo, Janaina Silva; a tenente da Polícia Ambiental, Sarah de Carvalho Barbosa; o veterinário do Centro de Proteção da Vida Animal, Élcio Sanchez Estevez Hernandes Junior; e a responsável pela Vigilância Ambiental, Samara Del Pino Fernandes. 

Entre as ações definidas, a Vigilância Ambiental solicitará, para órgãos especializados do Governo do Estado, uma pesquisa acarológica no município para levantamento de áreas que possam contar com infestação de carrapato estrela e também para análise e verificação se a bactéria circula no município. Todas as áreas com presença de capivaras, próximos a corpos d’água serão verificadas durante essa pesquisa. 

Na ocasião, também foram definidas algumas adequações no Parque da Cultura com o intuito de evitar a proliferação de carrapatos, entre elas, a restrição do acesso das pessoas às áreas delimitadas pelo guarda corpo (gradis), onde as capivaras têm acesso; e manter a pesca no local suspensa. Além de sinalização em torno do lago, com orientações aos visitantes sobre cuidados em deixar os cães sempre em guias e coleiras, por exemplo. 

É importante ressaltar que a capivara não é transmissora da doença, e sim, hospedeira, assim como outros animais como cavalos, bovinos, cabra, cachorro, porco, coelho, cotia, tatu, tamanduá, galinha, peru, siriema, roedores, entre outros. Portanto, quem transmite a doença é o carrapato, se estiver contaminado. 

Febre Maculosa 

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode se manifestar de formas clínicas leves e atípicas até formas graves. A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa e os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela. 

O primeiro caso no Estado de São Paulo foi identificado no ano de 1929, ou seja, não é uma doença nova. Entre os sintomas estão: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés. 

O recomendado é que as pessoas que frequentarem locais infestados de carrapatos ou perceberem picadas se atentem aos sintomas que podem aparecer de dois a 14 dias após a picada. E, sob manifestação de quaisquer sintomas, procurar a unidade de saúde mais próxima.