Joyce Zuqueto esteve em São José do Rio Preto para se aprofundar em entrevista familiar e enucleação de córneas.
Fim de ano e a Santa Casa de Votuporanga não para de buscar conhecimento. Tudo para garantir melhoria dos atendimentos para mais de 50 cidades da região Noroeste paulista, com qualidade e humanização.
A enfermeira clínica, Joyce Zuqueto, participou de uma capacitação sobre captação de órgãos, em São José do Rio Preto. Os focos foram: entrevista familiar e enucleação de córneas. Foram cinco dias de muito aprendizado e conhecimento técnico.
Com a formação, Joyce passa a integrar a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Instituição. A CIHDOTT é uma Comissão Intra-hospitalar formada por equipe multiprofissional da área de saúde, que tem a finalidade de organizar, no âmbito da instituição, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes.
A Comissão está vinculada à Equipe da OPO-SJRP (Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base) que promove a ligação com a rede Nacional de Transplantes. Na Santa Casa de Votuporanga, o grupo é composto por 10 participantes. Em caso de óbito na Instituição, após avaliação da equipe médica sobre morte encefálica e possibilidade de doação de órgãos, a equipe da CIHDOTT realiza entrevista com a família para saber se há vontade expressa de doação.
O serviço da Comissão Intra-Hospitalar oferece a chance de doar os órgãos e multiplicar o gesto, colaborando no ato da doação e também insere o Hospital no sistema nacional de transplante.
Processo de doação
O processo de Doação/Transplantes é complexo e composto por uma série de etapas sequenciais que visam garantir a segurança e transparência do mesmo.
Após criteriosa etapa de exames e avaliações, preconizados pelo Conselho Federal de Medicina, através da resolução N° 2173/2017, é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica, os familiares são informados sobre o óbito do paciente e uma equipe especializada e treinada, presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.
Com o consentimento familiar, procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados, realizada por equipes treinadas e habilitadas pelo Sistema Nacional de Transplantes / Ministério da Saúde.
A Central Estadual de Transplantes (CET) é responsável pela distribuição dos órgãos e tecidos para transplantes entre os pacientes previamente inscritos, por meio de um programa informatizado do Ministério da Saúde (Sistema de Gerenciamento de Lista).
Desejo de doar
Se você deseja ser doador de órgãos e tecidos, a primeira coisa a fazer é avisar a sua família sobre a sua vontade.
É importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares autorizem a doação dos órgãos e tecidos.