Dr. Rodrigo Padilla, coloproctologista e endoscopista, orientou sobre a avaliação, sanando as dúvidas mais comuns.
O exame de endoscopia digestiva alta é um dos mais prevalentes na prática médica. Ele tem a função de visualizar, por dentro, algumas estruturas importantes do sistema gastrointestinal, sendo uma peça importante para o diagnóstico de várias doenças dessa região.
Mas, afinal, o que é esse exame? Como ele é feito? Quais são as recomendações para que ele ocorra sem qualquer tipo de intercorrência? Se alguém recomendou uma endoscopia para você, é provável que esteja com essas dúvidas.
Convidamos o cirurgião geral, endoscopista e coloproctologista do SanSaúde, Dr. Rodrigo Padilla, para responder as principais perguntas da avaliação.
O que é?
Dr. Rodrigo explicou que é um exame muito comum, porém, com muitas doenças a serem estudadas. “É uma forma de avaliarmos os órgãos do aparelho digestivo, desde o esôfago, passando pelo estômago até o começo do intestino fino. É uma avaliação diagnóstica, mas pode também ser terapêutica, ou seja, podemos realizar tratamentos endoscópicos”, disse.
Como é feito?
O médico deu detalhes sobre o equipamento utilizado. “Utilizamos um aparelho que contém na ponta, fonte de luz e uma câmera. Existe também um canal de trabalho, que é um canudinho, um espaço por onde podemos passar pinças de biópsias, agulhas e outros materiais para ressecar tumores, parar sangramentos como outros procedimentos quando necessário”, afirmou.
O exame é realizado normalmente com sedação endovenoso no momento da sua endoscopia e tem duração em torno de 10 minutos.
O que diagnostica?
Doenças como gastrite, infecções gástricas e esofágicas, refluxo, varizes de esôfago, úlceras, entre muitas outras podem ser diagnosticadas com a endoscopia alta. “Existem também exames de urgência como a retirada de corpos estranhos (como moedas, brinquedos, ossos e comidas) e diagnóstico e tratamento de úlceras e varizes com sangramento”, complementou o especialista.
Em pacientes acima de 40 anos é necessária a investigação de tumores de estômago.
Preparo
O paciente precisa de jejum por, pelo menos, seis horas para que os resíduos alimentares consigam passar pelo estômago e começo do intestino delgado e, assim, o endoscopista possa avaliar com clareza a mucosa (pele do esôfago, estômago e intestinos). “Medicamentos normalmente não precisam ser suspensos, porém algumas drogas como anticoagulantes, podem ser descontinuadas. Ao agendar seu exame, pergunte sobre seu remédio”, orientou o dr.
Não há contraindicações absolutas, porém, cuidados especiais devem ser tomados no caso de pacientes cardiopatas graves, com doenças pulmonares graves, neurológicas e em mulheres grávidas. “A endoscopia digestiva alta é um exame seguro. No entanto, como todo ato médico, ela não é isenta de riscos”, frisou.
Pós-exame
Como o exame de endoscopia é feito com uma sedação leve, o paciente precisa de um acompanhante. Após o exame, são recomendados repouso – devido ao uso de sedativos- e também uma dieta mais leve.
Local da endoscopia
Para os pacientes do SanSaúde, o exame é realizado na Endos, localizada na Rua Osvaldo Padovez (em frente à sede do plano). É necessário encaminhamento do médico, que deve ser autorizada pelos profissionais do convênio.