Três empresas, de Votuporanga, Rio Preto e Nhandeara tiveram veículos retidos; proprietários disseram que não sabiam que uso seria para ato terrorista. No domingo (8), Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.
Ao menos três empresas do noroeste paulista que alugaram ônibus para bolsonaristas radicais tiveram os veículos retidos em Brasília/DF. No domingo (8.jan), o grupo invadiu e depredou o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Conforme apurado, as placas de quatro veículos pertencentes às empresas de Votuporanga/SP, São José do Rio Preto/SP e Nhandeara/SP constam no documento assinado no domingo pelo ministro Alexandre de Moraes, que pede apreensão e bloqueio, além de proibir a chegada de ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal até 31 de janeiro.
Confira abaixo:
- LSN-3551 – São Matheus-Bady Bassitt Transportes e Turismo LTDA – São José do Rio Preto
- NRB-9690 – Astra-Agência de Serviços e Transportes Terrestres LTDA (Astra Turismo) – Votuporanga
- AMG-1292 – Astra-Agência de Serviços e Transportes Terrestres LTDA (Astra Turismo) – Votuporanga
- HXU-1654 – Ônibus da Ramos & Silva Locadora de Veículos LTDA (Nhandeara/SP), contratado pela Astra-Agência de Serviços e Transportes Terrestres LTDA (Astra Turismo) – Votuporanga
O documento também solicita que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mantenha e envie registros de todos os veículos que chegaram à capital federal entre 5 e 8 de janeiro.
A imprensa, a empresa de São José do Rio Preto disse que dois veículos foram fretados, mas apenas um deles foi retido. Informou também que os ônibus não foram alugados por uma empresa ou empresário. O nome do cliente não foi divulgado.
Os responsáveis pela empresa também disseram que não sabiam qual era a finalidade da viagem, apenas que o destino era Brasília.
O proprietário da empresa de transportes de Nhandeara informou que fretou um ônibus para o grupo de bolsonaristas; também afirmou que não sabia que seria para o ato antidemocrático.
“Eu só tenho esse ônibus, se eu soubesse que seria para fazer tipo de coisa, jamais tinha liberado, por dinheiro nenhum, porque eu preciso do carro para trabalhar. Agora o ônibus está lá, não sei o que vai acontecer. Meu motorista está lá, estou pagando hotel, o carro está no pátio da Polícia Federal”, conta Antônio Carlos da Silva.
Segundo Antônio, o veículo dele foi contratado por uma empresa de Votuporanga (Astra Turismo). Agora, tenta provar que o ônibus foi solicitado por terceiros.
Já a empresa Astra, de Votuporanga, não se posicionou até a última atualização desta reportagem.
*Com informações do g1
