Em média, cada paciente fica quatro dias no Hospital de Campanha, no entanto, alguns chegaram a ficar 19 dias.
No auge da segunda onda da pandemia pela Covid-19, Votuporanga conseguiu unir forças entre órgãos públicos e iniciativa privada para construir, em menos de dez dias, um Hospital de Campanha com 23 leitos com suporte de respiradores e hemodiálise. Nesta quarta-feira (5), com exatos 30 dias de funcionamento, a unidade atendeu mais de 80 pessoas com sintomas graves da doença e conseguiu salvar diversas vidas votuporanguenses.
Desde o dia 5 de abril, a ocupação máxima de leitos chegou a 17 e a mínima de 6, dentre os 23 leitos disponibilizados. “O nosso Hospital de Campanha vem cumprindo sua missão de salvar vidas e demonstrando que foi importante para desafogar o sistema público de saúde de Votuporanga”, ressaltou o prefeito Jorge Seba.
Em média, cada paciente fica quatro dias no Hospital de Campanha, no entanto, alguns chegaram a ficar 19 dias. Segundo o médico responsável pela unidade, Chaudes Ferreira da Silva Junior, muitos pacientes conseguiram concluir o tratamento no Hospital de Campanha, sem necessitar de transferência para leito hospitalar, graças ao suporte oferecido na unidade. “O Hospital de Campanha ajudou a diminuir o colapso da rede pública e contribui para melhor assistência dos pacientes com fisioterapia, hemodiálise e respiradores.”
Atendimento humanizado
Além do trabalho técnico, as equipes que atuam no Hospital de Campanha também se preocupam em prestar atendimento humanizado aos pacientes e familiares. Na última semana, enfermeiros da unidade colocaram em prática uma ideia divulgada na internet por outros hospitais de campanha para proporcionar mais acolhimento aos pacientes. Luvas foram preenchidas com água morna e colocadas junto às mãos dos pacientes para aquecer e demonstrar que todos estão juntos, lutando pela recuperação de cada um.
Uma das enfermeiras que trabalham no local, Tatiana Yunis, falou sobre essa iniciativa. “Trabalhamos sempre no intuito de devolver os pacientes às suas famílias. Vimos essa iniciativa de alguns hospitais de colocar a luvinha aquecida nas mãos dos pacientes e trazer mais acolhimento e humanização. Com este simples ato, o paciente vai sentir o quanto nós estamos preocupados com a recuperação dele, além de promover o aquecimento das extremidades do corpo que também ajuda na resposta do organismo. Para nós, é um grande prazer poder fazer algo além da parte técnica, cuidar também da parte humanizada da enfermagem”.