
Projeções já consideram a lista de exceções da Casa Branca, mas trabalham um cenário “pessimista”, em que os produtos não sejam redirecionados a outros mercados.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calculou que o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil pode acabar com até 726 mil empregos no período de um ano. Os setores de serviços e indústria de transformação seriam os mais feridos.
O “tarifaço” é definido pela tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos, que impacta cerca de 35,9% das exportações do Brasil ao país (US$ 14,5 bilhões). As projeções já consideram a lista de exceções da Casa Branca, mas trabalham um cenário “pessimista”, em que os produtos não sejam redirecionados a outros mercados.
Veja os principais prejuízos:
- Empregos: 726.701 postos
- Valor Adicionado: R$ 38,87 bilhões
- Impostos: R$ 11,01 bilhões
- Massa Salarial: R$ 14,33 bilhões
- Previdência e FGTS: R$ 3,31 bilhões
- PIB: 0,357%
Considerando que haja redirecionamento da mercadoria para outros mercados ou que o plano de contingência do governo tenha sucesso, os efeitos negativos calculados podem ser mitigados.
Veja setores que perderiam mais empregos:
- Serviços: 241.482 postos
- Indústria de transformação: 215.184
- Comércio: 142.372
- Agropecuária: 103.968
- Extrativa vegetal e pesca: 15.131
Na indústria, os segmentos metalúrgico, de alimentos, madeira, químico e vestuário e calçados são os potencialmente mais afetados, segundo o Dieese. Na agropecuária frutas, carnes, café e outros são citados.
*Com informações da CNN Brasil