De acordo com o Ministério Público (MP), três homens e uma mulher foram denunciadas pelo crime, registrado no dia 17 de outubro do ano passado, em Coroados/SP.
A Justiça marcou para o dia 22 de julho a primeira audiência de instrução dos acusados de assassinar a gestante Ellen Priscila Ferreira da Silva e o calçadista Ely Carlos dos Santos.
Segundo a Polícia Civil, três homens e uma mulher foram presos. Um adolescente também foi apreendido por suspeita de participação.
Os corpos de Ellen, de 24 anos, e de Ely, de 39 anos, foram encontrados carbonizados dentro um carro, na Estrada da Caximba, em Coroados/SP, no dia 17 de outubro do ano passado.
De acordo com o Ministério Público, Edi Carlos Raval Ribeiro, David Denis Silva, Juan Bueno Barros de Freitas e Cristiane Kelly França Raval foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa; por provocar aborto sem consentimento da gestante; e corrupção de menor.
Os maiores de idade tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Já adolescente permanece internado. O G1 tenta entrar em contato com todos os envolvidos nos assassinatos.
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Edi Carlos e Ellen Priscila mantiveram um relacionamento amoroso por um tempo, mas decidiram terminar. Os dois costumavam sair juntos com Ely Carlos para usarem drogas, que eram fornecidas por Edi.
No dia 24 de julho, Ely Carlos e Ellen presenciaram Edi tentando matar um homem a facadas na Rua Basílio Baffi. Ellen foi chamada à delegacia para prestar depoimento e disse à polícia que Edi era o responsável pela tentativa de homicídio, fato que deixou o suspeito nervoso.
Meses depois, Ellen e Ely começaram a namorar, enquanto Edi reatou a relação com Cristiane Kelly. Em seguida, Edi descobriu que tinha engravidado Ellen e começou a pressioná-la para abortar, pois tinha voltado com Cristine, que também não queria que a criança nascesse.
Em 15 de outubro, Edi telefonou para Ellen, dizendo que tinha drogas. Edi, Ellen e Ely foram até um motel de Birigui para consumir os entorpecentes. Porém, Edil agrediu as vítimas em um dos quartos e as colocou no carro de Ellen.
Assim que saiu do estabelecimento com Ellen e Ely rendidos no veículo, Edi telefonou para Cristiane, pedindo para encontrá-lo no bairro Moimás. Cristine, então, entrou em um carro e dirigiu até o endereço, onde conversou Edi e descobriu que Ellen e Ely seriam mortos queimados.
Cristiane pegou um galão de gasolina e entrou em contato com David, Juan e o adolescente para que o plano fosse executado. Juan e o adolescente embarcaram no carro de Cristiane e foram encontrar Edi, que estava dirigindo o veículo de Ellen. David permaneceu na casa onde morava.
Depois de chegarem ao local do homicídio, Juan pegou o galão de gasolina e despejou o produto no carro em que Ellen e Ely estavam. Em seguida, Edi ateou fogo no veículo e nas vítimas. Cristiane permaneceu dando cobertura para os comparsas.
Os quatro, então, entraram no carro de Cristiane e voltaram para a casa de David. Edi disse aos comparsas que decidiu cometer os crimes porque tinha sido “caguetado” à polícia por Ellen e Ely. Além disso, Edi afirmou que queria dar “uma prova de amor” à Cristiane.
Segundo o Ministério Público, Edi, Juan, Cristiane e adolescente mataram Ellen e Ely, bem como interromperam a gravidez, provocando aborto. Já David concorreu para os crimes, pois organizou a ação criminosa e recebeu os executores em sua casa.
Para o promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes, os cinco cometeram os homicídios impulsionados por motivo torpe, mediante emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
*Com informações do g1