Paciente é uma mulher, de 53 anos, moradora da zona sul; no total, a cidade contabiliza 1.040 casos positivos para dengue, sendo 12 da variante DENV3.
Votuporanga/SP confirmou o primeiro caso de dengue sorotipo 3 em 2024. A variante não era registrada há mais de 15 anos no noroeste paulista e voltou a circular em novembro do ano passado. No total, a cidade já contabiliza 12 casos da doença.
Segundo a Secretaria de Saúde, a paciente é uma mulher, de 53 anos, moradora da zona sul, que está com sintomas comuns da dengue. Ela está em acompanhamento ambulatorial e seu estado de saúde é considerado estável.
Ainda segundo a pasta, em 2023, a cidade registrou 1.040 casos positivos para dengue, sendo 12 da variante tipo 3. Neste ano, foram confirmados dois novos casos de dengue e dois de chikungunya.
Os novos casos são monitorados pela Vigilância Epidemiológica e preocupam as autoridades de saúde já que sinalizam uma possível epidemia. Por isso, a prefeitura intensificou as ações de combate ao mosquito transmissor das doenças, Aedes aegypti.
Durante o período noturno, a partir das 18h, na quarta (17), quinta (18) e sexta-feira (19) desta semana, a equipe da prefeitura vai vistoriar as casas nos bairros Jardim Marin e Alvorada e aplicar a nebulização.
Outros casos
O primeiro caso de 2023 foi detectado em uma mulher, de 34 anos, no dia 1º de novembro, que chamou a atenção por causa da intensidade dos sintomas clássicos da doença, como febre, vômito, dor e manchas vermelhos pelo corpo, além do sangramento pela urina e pelo nariz.
Os outros três casos foram confirmados no dia 17 de novembro. Todos os diagnósticos foram identificados em um bairro na região Sul da cidade e as pacientes passam bem.
O quinto caso foi confirmado pela cidade no dia 1º de dezembro, em uma paciente de 23 anos, moradora da região Norte. No dia 7 de dezembro, Votuporanga confirmou mais três casos da variante, totalizando oito registros positivos.
DENV3
Segundo o virologista da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP, Maurício Lacerda Nogueira, são conhecidos quatro tipos do vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que estão associados a epidemias. O último caso do sorotipo 3 foi identificado no noroeste paulista em 2008.
“A detecção desses casos mostra que o vírus chegou na região e é um sinal de preocupação muito grande, por dois motivos principais: toda vez que um novo tipo de vírus entra, ele vem acompanhado de uma epidemia. Nesse caso, dengue 3 é ainda pior, porque esse vírus não circula há mais de 15 anos, sendo que o último caso na região de Rio Preto foi em 2008”, explicou o virologista.
No primeiro semestre deste ano, a Fiocruz alertou a população para o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil, em específico nas regiões Sul e Norte, o que acendeu o sinal de alerta de especialistas sobre o risco de uma nova epidemia da doença causada por esse subtipo viral.
Isso porque, segundo a fundação, infecção por um dos sorotipos gera imunidade contra o mesmo sorotipo no paciente. Contudo, é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente.
Dessa forma, o risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre devido à baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias.
As principais medidas de prevenção são:
- Deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente;
- Retirar dos quintais objetos que acumulam água;
- Cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto;
- Eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja melhor ajustado ao vaso.