Defesa de votuporanguense que divulgou vídeos durante os ataques em Brasília diz que prisão é ‘afronta’ 

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Kingo Takahashi divulgou vídeos da invasão ao Congresso Nacional – Foto: Reprodução/redes sociais

Kingo Takahashi gravou e publicou em suas redes sociais vídeos da invasão aos prédios dos Três Poderes.


A assessoria jurídica do comerciante de Votuporanga/SP, Kingo Takahashi, um dos presos em Brasília/DF por conta de ataques violentos registrados na Capital Federal, afirmou, em nota encaminhada ao Diário, que a prisão é uma “afronta direta aos princípios básicos da norma processual penal e também ao próprio exercício do direito às suas garantias e liberdades individuais” e também “ao próprio exercício do direito às suas garantias e liberdades individuais.”

O comerciante gravou e publicou em suas redes sociais vídeos no dia da invasão. Em um deles, aparece ao lado da rampa do Congresso Nacional e diz: “Vamos derrubar os bandidos. Vamos acabar com esses vagabundos. Isso é melhor que show de rock”. A gravação viralizou na internet.

Kingo segue preso em Brasília. Ele é um dos moradores do Noroeste Paulista que tiveram a prisão preventiva decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O votuporanguense foi detido no domingo (8.jan) e passou por audiência no dia 12, “tendo a sua prisão convertida em preventiva, devendo permanecer no local para aguardar julgamento”, diz a defesa.

A defesa, assinada pelos advogados Márcio Jumpei Crusca Nakano, Pedro Henrique Nossa Bergamasco e Rafael Henrique Boselli, questiona o fato de a prisão preventiva ter sido decreta em intervalo maior que 24 horas desde o flagrante. “Verifica-se que no presente caso Kingo Takahashi passou pela audiência de custódia apenas em 12/01/2023, fora do prazo estabelecido por lei, o que torna a sua prisão manifestadamente ilegal”, sustentam os defensores.

O STF concluiu na última sexta-feira (20), a análise da situação dos presos por envolvimento em atos de terrorismo e na destruição de prédios públicos. Foram analisadas 1.459 atas de audiência relativas a 1.406 custodiados. No total, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e 464 obtiveram liberdade provisória, mediante medidas cautelares, e poderão responder ao processo com a colocação de tornozeleira eletrônica entre outras medidas. 

*Com informações do diário da região/Vinícius Marques