O empresário denunciado por suposto golpe de Estado foi solto por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
A defesa do empresário de Votuporanga/SP, Kingo Takahashi, que ficou preso por sete meses em função dos atos antidemocráticos de 8 janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF, afirma que a denúncia da Procuradoria-Geral da República é “genérica e não indica de forma específica quais atos Kingo teria praticado e de qual forma.”
Kingo foi preso no dia 8 no Palácio do Planalto. O dia ficou marcado pelas invasões e depredações das sedes do Congresso Nacional, Presidência da República e do STF (Supremo Tribunal Federal).
O empresário denunciado por suposto golpe de Estado foi solto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, porém, Kingo terá de cumprir uma série de determinações, como por exemplo: uso de tornozeleira eletrônica, permanecer fora das redes sociais, se apresentar à Justiça uma vez por semana, entre outras medidas.
Os advogados Gabriel Zanetti Amorim e Marcio Nakano afirmam que “não há provas de que ele tenha se utilizado de qualquer artefato ou danificado o patrimônio”. A defesa argumenta, ainda, que Kingo estava com outros manifestantes de forma pacífica no prédio quando os policiais chegaram e posteriormente foram conduzidos à delegacia.
A defesa classifica a prisão como “demasiadamente excessiva e injusta”. “Por ser um caso sem precedentes no país, seria temerário manifestar sobre um “abuso”, mas entendemos que o processo passou por várias irregularidades do ponto de vista processual penal”, respondeu a defesa ao Diário nesta quarta-feira (16.ago).
Ainda de acordo com advogados, a “denúncia é genérica e não indica de forma específica quais atos Kingo teria praticado e de qual forma”. “A expectativa é de que a Justiça seja feita e que Kingo seja absolvido, pois não há indícios de materialidade ou autoria, tampouco provas de que ele tenha praticado as condutas a ele imputada”, conclui a defesa, em nota.
*Com informações do Diário da Região/Vinícius Marques