Débora Romani propõe criação de Atividade Delegada para a Polícia Civil 

120
Débora Romani propõe criação de Atividade Delegada para a Polícia Civil – Foto: Reprodução

Projeto de Lei nº 55/2025 ainda tramita na Câmara Municipal e, se aprovado, seguirá para sanção do prefeito Jorge Seba (PSD).


A vereadora Débora Romani (PL) apresentou à Câmara Municipal de Votuporanga/SP o Projeto de Lei nº 55/2025, que propõe a criação da Atividade Delegada para os policiais civis do município.

A proposta, que está em análise pelas Comissões Permanentes da Casa, representa um importante avanço na valorização das forças de segurança pública e visa ampliar a atuação desses profissionais em atividades além de suas funções habituais. 

Caso aprovado em plenário pelos vereadores, o projeto altera a Lei Municipal nº 4.936/2011 para incluir os Delegados, Investigadores e Escrivães da Polícia Civil no regime de gratificação já oferecido à Polícia Militar. O texto estipula os seguintes valores:

  • 1,5 UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) por hora trabalhada para Delegados e Oficiais da Polícia;
  • 1,3 UFESP por hora trabalhada para Soldados, Cabos, Sargentos, Subtenentes e demais profissionais da Polícia Civil. 

Considerando o valor atual da UFESP para 2025, de R$ 37,02, os profissionais poderão receber até R$ 55,53 por hora, conforme a função exercida. 

Se o projeto for aprovado, a medida está prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, prazo necessário para a formalização do convênio entre o Município e o Estado. 

Justificativa da proposta 

Na justificativa, a vereadora destaca que a medida busca igualar os direitos entre os profissionais das forças de segurança, uma vez que a Polícia Militar já recebe a gratificação por atividade delegada. 

A proposta está respaldada na Lei Complementar Estadual nº 1.372/2022, que alterou o Regime Especial de Trabalho Policial, autorizando a execução de atividades delegadas por parte da Polícia Civil no Estado de São Paulo. 

Além disso, a vereadora aponta que Votuporanga se prepara para a implantação de uma central de monitoramento eletrônico, e que a atuação de Policiais Civis nesse espaço será fundamental para ampliar o suporte às ações realizadas pela Polícia Militar nas ruas. 

Impacto financeiro previsto 

Um estudo de impacto financeiro anexo ao projeto estima um custo anual de R$ 415.843,20, com base na seguinte simulação:

  • 3 Policiais Civis atuando diariamente;
  • Turnos de 8 horas;
  • R$ 385,04 por turno de serviço;
  • Total mensal: R$ 34.653,60.

A vereadora afirma que a Lei Orçamentária Anual de 2025 já prevê recursos suficientes para essa ampliação. Segundo a LOA, há R$ 3.275.000,00 destinados ao pagamento da atividade delegada, divididos entre a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Trânsito e a Saev Ambiental. 

Próximos passos 

O projeto ainda está sob análise das comissões da Câmara. Caso receba parecer favorável e seja aprovado em plenário, seguirá para sanção do prefeito Jorge Seba (PSD), responsável por firmar o convênio com o Governo do Estado de São Paulo, viabilizando a efetiva implementação da medida. 

Para Débora Romani, o projeto “é um passo importante para reforçar a segurança pública, valorizar os profissionais da Polícia Civil e ampliar a atuação integrada das forças policiais em benefício da população”, enfatizou.