Costurando pluralidade e passarela

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Apresentação de dança durante o evento. (foto Andreia Oliver)

 

No dia 18 de setembro, o Centro de Convenções ‘Jornalista Nelson Camargo’, foi tomado pela atmosfera de um desfile que evidenciou o brilho master da moda: a inclusão

 

Apresentação de dança durante o evento. (foto Andreia Oliver)

Vilma Costa e Mirella Lopes criaram a roupa de Giovanna Basso. Lucas Vieira da APAE a acompanha na passarela. (foto Andreia Oliver)
Beatriz Andrade e Guilherme Araújo criaram a roupa de Aerton Mequi. (foto Andreia Oliver)

 

Julia Cavalcante e Brenda Nascimento criaram a roupa de Silvana Rodrigues. (foto Andreia Oliver)

 

 


Beatriz Yamashiro e Vânia Hilário criaram a roupa de Filipe Proveza. (foto Andreia Oliver)

 

Ana Paula Nascimento e Fernanda Vani criaram a roupa de Mariana Matarucco. (foto Andreia Oliver)

 

Vitor e Natalí Assunção criaram a roupa de Ana Vitória. (foto Andreia Oliver)
Vitor Assunção, Beatriz Andrade, Natalí Assunção, Beatriz Yamashiro, Vânia Hilário e Guilherme Araújo estudantes do Senac. (foto Andreia Oliver)
Parte da equipe da APAE de Votuporanga com alguns atendidos. (foto Andreia Oliver)

 

Equipe da APAE de Votuporanga. (foto Andreia Oliver)

 

@caroline_leidiane

 

A quarta edição do Fashion Down & Cia, promovido pela APAE em parceria com os cursos de Estilista de Moda e Modelista do Senac Votuporanga e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, transformou a passarela em território democrático e plural.

Não era sobre roupas apenas, embora houvessem vestidos, calças, camisetas e blusas, criados a partir de tecidos doados pela Caju Brasil. Era sobre narrar identidades. Cada peça trazia não só o corte e a costura, mas também os desejos e preferências de quem a vestiu.

O desfile rompeu fronteiras do padrão. Naquele espaço, a moda se tornou linguagem de pertencimento, onde tecidos não serviam para esconder ou adequar, mas para revelar singularidades. Cada corpo, com sua própria cadência, mostrou que estilo não se limita à silhueta idealizada, mas floresce justamente no encontro com a diversidade e a personalidade.

Para a equipe da APAE de Votuporanga, o evento simboliza muito além de um desfile, é parte do compromisso contínuo.

“Para nós da APAE é sempre uma satisfação poder pensar em eventos como o Fashion Down & Cia e, principalmente, poder contar com a parceria de instituições como o Senac. É de grande relevância, em uma campanha como essa, avançar cada vez mais na aceitação e inclusão da pessoa com deficiência. Estar de mãos dadas com instituições como o Senac, para garantir o protagonismo, a valorização e a efetiva inclusão social, é muito importante. Isso vai ao encontro da missão da APAE, que é a defesa e a garantia dos direitos da pessoa com deficiência. A cada ano avançamos um pouco mais; cada edição traz novidades e aprendizados, sempre no intuito de continuar promovendo a inclusão efetiva.”

Integrado ao Setembro Verde — campanha que desde 2015 reforça a importância da inclusão e, em Votuporanga, ganhou reconhecimento legal em 2017 —, o Fashion Down & Cia reafirmou que a moda não se encerra em vitrines ou temporadas. Ela pulsa onde a diferença é acolhida, convertendo-se em estilo, presença e dignidade.

Naquela noite, a celebração da união entre moda, estilo e inclusão emocionou o público. E a beleza, multiplicada em tantas formas, encontrou seu lugar natural: a passarela.

O desfile deixou em suspensão algo que escapa ao tecido, corte e brilho das câmeras. O Fashion Down fez-se experiência de que a moda não veste apenas corpos, mas inscreve presenças.