Coronavírus: SP identifica variante similar à da África do Sul em Sorocaba 

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A cepa foi detectada em uma mulher de 34 anos, que apresentou um quadro leve da doença.


O governo de São Paulo confirmou a identificação de uma nova variante do coronavírus em Sorocaba, a 100 km da capital. A cepa foi detectada em uma mulher de 34 anos, que apresentou um quadro leve da doença. Ela não tinha histórico de viagens recentes, por isso existe a possibilidade de ser uma nova evolução.

Ainda é um único caso e o paciente está em isolamento enquanto a Vigilância Sanitária investiga se há outros infectados. As variantes do Reino Unido e de Manaus também já foram detectadas no município. 

“Ontem [30], terminamos a análise do material genético da rede de laboratório com o Butantan e universidades que estão fazendo esse trabalho. Em Sorocaba, foi identificada uma variante. É uma variante assemelhada à da África do Sul”, informou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta (31).  

Segundo Covas, como não há histórico de viagem ou de contato com viajantes que foram ao país, “existe a possibilidade de que seja já uma evolução da nossa P1 [variante de Manaus] em direção a essa nova mutação da África do Sul”. 

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, disse que “não é uma variante nova, mas ela é nova no Brasil”.  

O caso está sendo acompanhado pela Vigilância Epidemiológica e pela Secretaria Estadual da Saúde para entender se é isolado ou se há outros infectados. 

“Precisamos determinar qual a real incidência [da variante]. Um caso nesse momento, num universo de predomínio da P1. Se for apenas um caso, as medidas são as medidas que estão em andamento. Fora isso, [está sendo feito] o acompanhamento genômico de outros locais para a observação do surgimento dessa variante, porque isso é esperado. Temos que fazer esse sequenciamento rotineiro de um percentual das amostras que são testadas, exatamente para fazer o monitoramento do aparecimento das variantes”. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.