Atualização estava prevista para ocorrer no dia 5 de fevereiro. Média móvel de mortes no estado segue acima de 200 há cinco dias.
O governo de São Paulo antecipou para esta sexta-feira (15) a reclassificação no plano de flexibilização econômica no estado, prevista para ocorrer em 5 de fevereiro. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13), após o estado ter registrado piora nos indicadores da Covid-19.
Pela regra, as antecipações só ocorrem se há necessidade de impor medidas mais restritivas por conta do agravamento nos índices de saúde. Entretanto, o coordenador do centro de contingência da Covid-19, o médico Paulo Menezes, não deu esclarecimentos sobre o que será anunciado.
Na coletiva, o governador Doria (PSDB) disse: “Nesta sexta-feira, o governo de São Paulo anunciará uma nova reclassificação do Plano São Paulo, tomando como referência estudos que estão sendo finalizados pelo Centro de Contingência do Covid-19, que nós seguimos religiosamente desde o dia 26 de fevereiro, desde que tivemos o primeiro caso confirmado”.
Nesta quarta, estado de São Paulo registrou número total de 13.490 pacientes internados por Covid-19 em toda rede hospitalar. O valor é o maior desde o dia 2 de agosto de 2020, quando foram contabilizadas 13.775 internações no total. A média móvel de mortes segue acima de 200 há cinco dias.
O total de pacientes internados tem se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro de 2020, o que pressiona o sistema de saúde e interfere no atendimento de outras doenças. Na capital paulista, diversos hospitais da rede pública e privada estão com taxa de ocupação acima dos 90%.
“Tínhamos uma grande preocupação com o final do ano, com os feriados e as aglomerações. Agora, nestes últimos dias, o centro de contingência acompanha diariamente a evolução dos indicadores. Nós observamos que continuamos com essa tendência e [que] seria necessário antecipar aquela reclassificação que havia sido anunciado na sexta para algumas regiões do estado”, afirmou Paulo Menezes.
Ele estava se referindo a um anúncio feito pelo governo na semana passada, quando quatro regiões do estado foram colocadas na fase laranja – no entanto, atividades antes proibidas neste estágio passaram a ser permitidas.
“Então, nós temos hoje uma situação que ainda não está definida. Os números a cada dia contribuem para como as regiões vão estar na sexta. E é necessário que todos contribuam para que nós possamos seguir em frente nesta situação”, completou Menezes.
Plano SP
A mudança de datas sucede alterações no chamado Plano São Paulo, que rege as regras de quarentena no estado. Na sexta-feira (8), o governo paulista colocou em fase laranja as regiões de Sorocaba, Presidente Prudente, Marília e Registro na fase laranja. Por outro lado, esse estágio se tornou mais permissivo.
Algumas atividades – como salões de beleza, academias e parques, por exemplo – passaram a ser permitidas na fase laranja. O atendimento presencial em bares, entretanto, continua proibido.
O restante do estado foi mantido na fase amarela, que sofreu menos alterações.
Como ficou a Fase Laranja
- Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.
- Capacidade de ocupação: antes era de 20% e vai para 40% em todos os setores.
- Funcionamento máximo: ampliado de 4 para 8 horas por dia.
- Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h.
- Parques estaduais, salões de beleza e academias: poderão abrir.
Como ficou a Fase Amarela
- A capacidade máxima passa a ser limitada a 40% de ocupação para todos os setores. Antes, o percentual variava por setor: academias podiam operar com apenas 30% da ocupação, por exemplo.
- O atendimento presencial ao público pode ser feito apenas até as 22h, em todos os setores, exceto no setor de bares, que pode funcionar até as 20h.
- O horário de funcionamento passa a ser limitado a 10 horas por dia para todos os setores. Antes, o horário variava por setor.
Mudanças no Plano SP
Na semana passada, além de mudar o que pode funcionar em cada fase, o governo alterou os indicadores de saúde que orientam a reclassificação das regiões. Segundo a gestão estadual, houve um endurecimento das regras, para dificultar a mudança para estágios mais brandos.
De acordo com o médico João Gabbardo, também integrante do centro de contingência, a ideia é dificultar a mudança de fase, mas permitir que mais setores funcionem, direcionando as restrições de forma mais específica.
*Com informações do g1