Luana Pinheiro explica que uma forma de conservar os alimentos é o congelamento, mas é necessário fazer o procedimento da forma correta.
Com a alta no preço dos alimentos, consumidores do noroeste paulista têm procurado por promoções como alterativa para economizar. Outra opção é evitar que frutas, legumes ou verduras apodreçam decorrer da semana.
Para isso, a nutricionista Luana Pinheiro, de São José do Rio Preto/SP, explica que uma forma de conservar os alimentos é o congelamento, mas é necessário fazer o procedimento da forma correta.
“O congelamento é o melhor método de conservação do alimento. Isso porque diminui a decomposição. A água quando transformada em gelo inibe o crescimento das bactérias”, explica.
“No caso das frutas, o primeiro passo é lavá-las muito bem. Em seguida, você pode picar e colocar em saquinhos. Muito cuidado com hortaliças. Não as deixe perto do congelador. Legumes antes de serem congelados têm que ser cozidos por cinco minutos, passados em água gelada e só depois colocados no congelador.”
Um dos principais questionamentos dos consumidores é a perda de nutrientes dos alimentos a partir do congelamento. Mas a profissional afirma que perde-se em pouca quantidade.
“O importante está na forma de cozinhar. Neste momento que temos que nos atentar para não perder nutrientes e vitaminas. Alimentos que já estão amadurecendo não podem ficar muito tempo no fogo, pois o calor faz com que eles percam nutrientes.”
Planejamento alimentar tem de estar dentro do orçamento
Para evitar o desperdício de alimentos e garantir o sucesso do planejamento alimentar, uma dica é ir mais vezes por semana ao supermercado ou à feira, mas é importante se manter dentro do orçamento para não gastar dinheiro à toa. “Os folhosos não têm duração longa, então não adianta comprar quilos e quilos e todas as variedades que encontrar. Compre o suficiente para uma semana, assim sempre haverá vegetais frescos à disposição em casa”, apontou ao UOL a técnica em nutrição e dietética da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Jaciara Barros.
A nutricionista Rossana Paula Silva Lima, especialista em nutrição clínica pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), aponta que o planejamento alimentar precisa estar em linha com o objetivo da pessoa e o contexto socioeconômico que ela se enquadra. “Para ir ao supermercado, faça uma lista de compras, não vá ao supermercado com fome, não ande pelos corredores que não contêm os itens de sua lista, principalmente naqueles onde encontramos guloseimas, por exemplo. Sua lista deve conter apenas aquilo que você não tem em casa e que é essencial no plano alimentar”, diz.
Ela sugere comprar alimentos em pequena escala, para que o plano seja cumprido de forma correta e sem desperdício. “Se eu comprar, mais ou menos, de dois em dois dias, de um em um dia, eu consigo adequar minha dieta ao planejamento alimentar e evito desperdício”, diz.
Nem sempre isso é viável do ponto de vista da praticidade, porém se a pessoa pode ir ao supermercado mais vezes, evita o desperdício de alimentos e adquire alimentos mais frescos possíveis, que tendem a fornecer um maior número de nutrientes que vão ajudar tanto na qualidade desse planejamento alimentar quanto no efeito, que vai ser uma vida com maior bem-estar.
Para Lima, a ida ao supermercado deve obedecer a rotina da pessoa, mas é importante evitar a autossabotagem. “No carrinho de feira e na despensa não deverá ter aquilo que não convém, como refrigerante, chocolate, doces, guloseimas, salgadinho, enlatados”. Se não tem em casa, dificilmente você vai sair na hora da vontade para comprar e comer.