Estimativas do Inca apontam que cerca de 17 mil mulheres brasileiras podem ter câncer de colo do útero, entre 2023 e 2025.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que cerca de 17 mil mulheres brasileiras podem ter câncer de colo do útero, entre 2023 e 2025. A doença é o terceiro tipo de câncer com maior incidência na população feminina, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. Entre os fatores de risco, a Sociedade Brasileira de Imunizações destaca o contágio por HPV (Papilomavírus Humano), identificado em mais de 99% dos casos desse tipo de câncer.
De acordo com o Dr. Guilherme Accorsi, oncoginecologista do HB Onco – Centro Avançado de Oncologia do Hospital de Base de Rio Preto, uma das principais formas de prevenção é a vacina contra o HPV (papilomavírus humano), disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para adultos imunossuprimidos até 45 anos. O especialista alerta que outra importante forma de prevenção e diagnóstico precoce é a realização do exame periódico de papanicolau.
Os sintomas do câncer de colo do útero incluem sangramento vaginal intermitente, secreção anormal, dor abdominal e nas costas, entre outros. A detecção precoce é crucial e, em casos suspeitos, outros exames como ressonância magnética podem ser solicitados. O diagnóstico definitivo é realizado por biópsia.
O oncoginecologista explica que o tratamento do câncer de colo do útero varia conforme o estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em estágios iniciais, a cirurgia é a abordagem preferida, enquanto em casos mais avançados, a combinação de diferentes terapias pode ser necessária.
Para tratamento dessas pacientes, o Hospital de Base (HB) conta com duas tecnologias de ponta: a cirurgia robótica com o aparelho Da Vinci Xi, que é a última e mais moderna versão desta plataforma robótica, e o acelerador linear TrueBeam, um dos mais modernos do mundo, promete revolucionar o tratamento oncológico.
Com investimento de R$ 12,6 milhões, o acelerador linear TrueBeam permite reduzir em até 85% o número de sessões de radioterapia. Fabricado pela Varian Medical Systems, o TrueBeam é utilizado no tratamento de pacientes com diferentes tipos de câncer, como tumores de pulmão, fígado, rim, mama, ossos, pâncreas, cérebro entre outros.
Já o aparelho robótico Da Vinci Xi tem sistema intuitivo, que configura os braços do equipamento para simular os movimentos do cirurgião, imagens mais claras e com alta qualidade, ampliada em até 15 vezes, e em três dimensões, além de tecnologia 3D HD altamente ampliada. O hospital investiu R$ 12 milhões na compra deste equipamento.
Dentre as vantagens da cirurgia robótica em casos de câncer de colo do útero, o médico destaca a redução da perda de sangue do paciente, redução de dor e de tempo de internação, o que diminui o risco de infecção. “Devido à maior amplitude de movimento por parte do cirurgião, a atuação é mais precisa e menos invasiva. Consequentemente há menor trauma cirúrgico, apesar de ter amplo acesso a diversas estruturas do corpo”, explica Dr. Guilherme Accorsi.
Sintomas do câncer de colo de útero:
• Sangramento vaginal irregular
• Corrimento vaginal fétido
• Dor pélvica contínua e dor durante a relação sexual
• Obstrução das vias urinárias
• Dor lombar
• Edema nas pernas (decorrente de obstrução venosa ou linfática)
• Fadiga excessiva
• Perda de peso sem motivo aparente