Por Andrea Anciaes
As máscaras estão nos rostos de quase todas as pessoas hoje por causa da epidemia de Coronavírus. Não tem jeito, não adianta reclamar, ficar bravo ou achar que é falta de empatia. Não é. Estamos vivendo uma questão de vida ou morte nesse momento e elas garantem que pessoas infectadas pelo vírus não contagiem outras pessoas.
Muitas pessoas e famílias se programaram para esse feriado prolongado desejando passar momentos em família e fugir do ambiente familiar em uma viagem.
Este ano, o COVID-19 trancou com cadeado a indústria de viagens em todo o mundo e aqui no país. Muitos hotéis suspenderam suas atividades e quase todas as atrações turísticas também fecharam. Assim mesmo nesse feriado prolongado de 7 de setembro o número de pessoas viajando para praias do país foi grande, mesmo arriscando às próprias vidas!
Mesmo com as atividades de hotéis e pousadas estando praticamente normalizadas, é importante tomar o máximo de cuidado com a proliferação do vírus.
No país mesmo com pandemia, o número de veículos que desceu para o litoral superou o feriado de 2019.
Milhares de pessoas aproveitaram o feriado prolongado e o calor intenso e lotaram literalmente às praias.
Mesmo com a orientação do governo estadual de evitar aglomerações no período para não aumentar os riscos de contágio pelo novo coronavírus, cerca de 215 mil veículos usaram o Sistema Anchieta-Imigrantes para chegar ao litoral até o meio-dia deste domingo (6), de acordo com a concessionária Ecovias.
A maior flexibilização para atividades nas praias, mesmo em meio à pandemia, tem motivado cada vez mais a ida de turistas às cidades do litoral. Milhares de pessoas ignoraram a pandemia ainda existente no país e aproveitaram ao máximo o feriado prolongado. A faixa de areia ficou cheia, com pessoas sem máscara de proteção e promovendo aglomeração.
A maioria dos banhistas não usava máscara nem respeitava o distanciamento social. O que se via eram grupos de famílias, entre quatro a 20 pessoas, aglomeradas na areia da praia ou debaixo de tendas. Não se viu nenhum tipo de fiscalização lamentavelmente!
Enquanto nos calçadões era grande o número de pessoas fazendo o uso de máscaras, nas areias era raro quem estava usando o equipamento de proteção facial.
Este feriado prolongado está marcado como sinal evidente de que a população “cansou da quarentena”.
Com a queda no número de casos e de internações por Covid-19, e com o comércio quase todo reaberto, a população se achou no direito de descer para o litoral, mesmo com a quarentena em andamento. Muita gente estava dentro de suas casas nos últimos feriados e diante das últimas notícias, resolveram viajar. Caso os números continuem em queda, o próximo feriado deverá lotar ainda mais as praias o que ainda é altamente preocupante já que é sabido que ainda não existem remédios com eficácia comprovada e nem vacina contra o COVID 19.
Circulam nas redes sociais, vídeos da areia totalmente dominada por carros e barracas lotadas. A aglomeração deixou como resultado uma faixa de lixo à beira mar!
Os banhistas também não mantiveram o distanciamento exigido e descumpriram a determinação de só dar um mergulho e sair do mar. Em meio à pandemia do novo coronavírus, os cuidados para se evitar novas contaminações pelo novo coronavírus estão sendo visivelmente deixados de lado.
É fato que o turismo é essencial para a economia e empresários de pequeno e grande porte estão sufocando devido ao limite no funcionamento de suas atividades. É fato também que a população está ávida para a vida voltar ao normal, mas isso não justifica ignorar a realidade e se comportar como se uma vacina já tivesse sido aplicada.
Consequências das aglomerações no litoral durante o feriadão do Dia da Independência, de acordo com especialistas, poderão ser observadas na curva epidemiológica de casos da covid-19 entre 10 e 15 dias, período estimado para que a sintomatologia da síndrome respiratória se manifeste.
“O fato é que ter praias lotadas é uma falta de senso sobre os riscos que corremos com uma doença que pouco conhecemos e pode, sim, deixar sequelas”, reforça Lígia Kerr ( Epidemiologista e professora da Universidade Federal do Ceará- UFC).
O comportamento observado no último final de semana, não deve ser respaldado pelas prováveis vacinas de imunização em desenvolvimento… vale ressaltar que ainda essas possíveis vacinas estão sendo estudadas e também não temos a menor dimensão ainda da eficácia dessas vacinas no organismo.
Psicologicamente falando, às praias cheias durante o fim de semana prolongado por causa do feriado de 7 de setembro têm relação com a busca pelo lazer após meses de confinamento por conta do coronavírus.
Existe sim uma ansiedade muito grande do público em geral de voltarem à frequentar às praias, estar de frente para o mar, receber a brisa marítima, mas as pessoas precisam ainda nesse momento de pandemia agir com mais cautela. Que a retomada possa ser segura! Estamos cumprindo todo o protocolo, e desejamos que as coisas lentamente possam voltar ao normal, as pessoas possam ganhar confiança num futuro breve.
Ainda não alcançamos o patamar de outros países que conseguiriam controlar a pandemia e normalizaram suas rotinas. Ainda é necessário ter cautela…. as palavras para esse momento são: PACIÊNCIA E COLABORAÇÃO e somente assim venceremos esse “vírus desconhecido”, o COVID 19.
A gente está praticamente 6 meses nesse processo pandêmico, estamos todos cansados, sofridos, tristes com nossas perdas, pra num feriadão morrer na praia. As praias do Brasil estavam lotadas, os hotéis idem. Pouquíssimas pessoas usando máscaras. E o vírus fazendo festa junto.
Ah Andrea, mas precisamos nos divertir? Precisamos viver? -Claro precisamos mesmo! Mas tem que ser assim, sem respeito nenhum? Sem cuidados? Novos tempos, novas adequações. Se ligue na forma dessa diversão. Enfim banalizaram foi a vida! Lamento profundamente o egoísmo das pessoas, da falta zelo, de altruísmo.