Brasil seguirá campeão mundial de juros reais mesmo com corte, diz gestora

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Brasil campeão mundial de juros reais desde maio - Foto: Sophia Bernardes/Reprodução

De 156 nações, o país está na primeira colocação desde maio; Selic atual garante liderança até o final de 2022.


O Brasil vai seguir no topo mundial dos juros reais, independentemente da decisão que tomar o Comitê de Política Monetária (Copom) nas reuniões que acontecem até quarta-feira (7.dez). A projeção é da Gestora Infinity.

O cálculo da pesquisadora considera que a taxa nominal atual, 13,75% ao ano da Selic, assegura ao país a maior marca de juros reais pelo menos até a virada de 2022 para 2023. Lembrando que, depois da reunião desta semana, o Copom só volta a discutir a política monetária no final do mês de janeiro. Outro indicador que entra nos cálculos é a inflação apontada pelo Boletim Focus do Banco Central, que mira os 5,33% projetados para os próximos 12 meses – o que inclui o fechamento deste ano.

Já que a gestora tem como cenário de maior probabilidade a manutenção da Selic nos níveis atuais (90% de probabilidade), a conta feita para aferir os juros reais prevê estabilidade na casa dos mesmos 8,16% a.a. – levando-se em conta a mesma projeção de inflação para os 12 meses daqui pra frente. Confirmado este prognóstico, o Brasil será ainda o primeiro da lista, à frente do México (5.39%), do Chile (4,66%), Hong Kong (3,12%) e da Colômbia (2,39%).

Retrospecto e cauda longa

Se a decisão do Copom for por uma alta de 0,75 pp, aí a taxa de juros reais vai a 8,78% a.a. – com inflação projetada até o final de 2023. No caso de um corte de 0,25 pp, o juro real brasileiro desce até 7,54% a.a., igualmente projetando inflação pelos próximos 12 meses.

*Com informações do sbtnews