A Catedral de Votuporanga celebrou na manhã desta Quarta-Feira de Cinzas, 14/02, a Missa para dar início da Quaresma. A celebração foi presidida por Dom Moacir Aparecido de Freitas, bispo diocesano, e concelebrada pelos padres da diocese e marcou também a abertura da Campanha da Fraternidade 2024, que este ano tem como tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,08).
Campanha da Fraternidade 2024
Inspirada na Encíclica do Papa Francisco, Fratelli Tutti, a Campanha da Fraternidade de 2024 tem como tema: “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8). A Campanha da Fraternidade, dentro do caminho penitencial da Igreja, propõe durante a Quaresma desse ano, um convite de conversão para a amizade social e ao reconhecimento da vontade de Deus de que todos sejam irmãos e irmãs, todos fraternos e tudo fraterno, numa fraternidade universal.
“Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Baptismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal. (Sacrosanctum Concilium, n. 109)”
Por ocasião desta quaresma, o Papa Francisco aponta: “Deus não se cansou de nós. A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido”. O Papa ressalta ainda que “isto comporta uma luta: assim nos dizem claramente o livro do Êxodo e as tentações de Jesus no deserto”.
Na quaresma, portanto, não deve haver simplesmente uma conversão pessoal, mas também uma mudança nas estruturas sociais que condicionam o indivíduo. A Constituição Sacrosanctum Concilium, no número 110, aponta com propriedade assim afirmando: A penitência quaresmal deve ser também externa e social, que não só interna e individual. Estimule-se a prática da penitência, adaptada ao nosso tempo, às possibilidades das diversas regiões e à condição de cada um dos fiéis.