Biden anuncia morte de chefe do Estado Islâmico em operação dos EUA na Síria

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Construção que foi alvo de ataque noturno das forças de operações especiais dos Estados Unidos, contra supostos jihadistas, no noroeste da Síria. Ataque deixou 13 mortos, incluindo 7 civis, em 3 de fevereiro de 2022. — Foto: Aaref Watad/AFP

Al-Qurayshi teria acionado artefatos explosivos quando foi cercado por forças especiais americanas, segundo o presidente dos EUA. Ação deixou 13 mortos, incluindo 6 crianças e 4 mulheres.


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (3) que o chefe do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, morreu durante uma operação das forças especiais americanas na Síria.

O ataque deixou 13 mortos, incluindo 6 crianças e 4 mulheres, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Foi a maior operação americana no país desde a morte do então chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, em 2019 (veja mais abaixo).

Segundo o presidente americano, al-Qurayshi teria acionado dispositivos explosivos ao ser cercado pelas Forças Especiais americanas – detonando o terceiro andar do edifício em que se localizava. Os EUA afirmam que a ação evitou pôr a vida de civis em risco.

“Com a chegada das nossas tropas, ele escolheu explodir não só ele mesmo, mas o terceiro andar todo para não enfrentar as consequências de suas ações”, disse Biden em um pronunciamento na Casa Branca.

Mais cedo, um comunicado assinado por Biden anunciou a morte do chefe do EI e comemorou o “sucesso” da operação militar.

“Ontem à noite, sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro”, escreveu o mandatário.

“Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS [Estado Islâmico, na sigla em inglês]”, disse o presidente americano.

Foto de arquivo de Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, chefe do Estado Islâmico que foi morto em 3 de fevereiro de 2022 por forças especiais dos Estados Unidos em uma operação militar na Síria — Foto: EyePress News via AFP

Mais cedo, o Pentágono havia afirmado que forças especiais “executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria” e que “a missão foi um sucesso”. “Não houve vítimas entre as forças americanas”.

Biden também destacou o fato de nenhum soldado ter morrido no ataque. “Todos os americanos voltaram em segurança da operação. Farei um discurso ao povo americano nesta manhã. Que Deus proteja nossas tropas”.

Foi a maior operação de forças americanas na Síria desde outubro de 2019, quando foi morto Abu Bakr al-Baghdadi, o então líder do Estado Islâmico.

A morte de al-Baghdadi foi confirmada quatro dias depois pelo grupo terrorista, que anunciou Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi como seu sucessor. Os EUA ofereciam uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre o novo chefe do Estado Islâmico.

A operação

Militares americanos pousaram de helicóptero na cidade de Atme, na província de Idlib, perto da fronteira com a Turquia.

Tiros e explosões foram ouvidos durante a ação, que durou duas horas.

O alvo foi uma casa de dois andares que ficou parcialmente destruída no ataque.

Construção que foi alvo de ataque noturno das forças de operações especiais dos Estados Unidos, contra supostos jihadistas, no noroeste da Síria. Ataque deixou 13 mortos, incluindo 7 civis, em 3 de fevereiro de 2022. — Foto: Aaref Watad/AFP
Destruição em Atme, na província de Idlib, na Síria, após ataque militar dos Estados Unidos no dia 3 de fevereiro — Foto: Aaref Watad/AFP

*Informações/g1