A demora nas obras do CEMEI “Ana Ferreira dos Santos” e CEM “Prof. Geyner Rodrigues” vem causando transtornos, pois parte dos alunos precisaram ser remanejados para outras unidades; um dos problemas é o embarque e desembarque dos alunos que são expostos à chuva e ao sol.
Mães e responsáveis de alunos do CEMEI “Ana Ferreira dos Santos” e CEM “Prof. Geyner Rodrigues”, no bairro São Cosme, em Votuporanga/SP, viveram momentos dramáticos embaixo de chuva nesta quinta-feira (21.mar), durante o ato de levar e receber os filhos na escola.
Ao Diário, mães contaram que desde o ano passado as unidades de ensino estão em obras e por isso, os alunos foram remanejados para outras unidades do município. Para viabilizar a logística, a Prefeitura viabilizou o transporte e um espaço dentro do prédio em obras para que os pais e responsáveis pudessem se abrigar, no embarque e desembarque dos alunos.
No entanto, nesta quinta-feira, o tempo chuvoso transformou um ato rotineiro em uma verdadeira batalha. “Olha a situação dos pais da escola Geyner, aqui no São Cosme, pois está em reforma. Assim, começaram pela creche, aí tiraram as crianças da escola, colocaram elas lá numa escola perto do CSU, e na escola colocaram as crianças da creche, até acabar a reforma da creche, para depois começar a reformar a escola. Só que era para entregar a creche em outubro e entregar a escola no começo desse ano, mas não entregaram nem a creche, e muito menos a escola. E nós estamos aqui na luta desde o ano passado com crianças pegando o ônibus para ir para outra escola”, explica Flávia.
“A nossa luta é a seguinte, desde o ano passado pedimos à Prefeitura para que colocasse um toldo para abrigar as crianças, os pais, enfim, ali onde pegam o ônibus para ir à outra escola. Porque se tá sol, fica no sol, e agora se tá chovendo molha tudo, estraga material, é uma judiação. Um descaso”, emendou.
Já Ellen, mãe de um aluno que vai de ônibus para a escola desde o início deste ano, corroborou as queixas apresentadas por Flávia, e foi além: “Não é fácil, ontem por exemplo, fui buscar meu filho e precisei levar minha bebê de três meses. Ficamos lá na chuva, um sofrimento. O material dele não chegou a estragar, mas molhou a mochila. Por sorte uma pessoa ficou com dó e me deu carona para casa. Mas assim não dá para continuar, a Prefeitura precisa fazer alguma coisa.”
As cinco pessoas ouvidas pelo Diário negaram a existência de um espaço coberto disponível para embarque e desembarque de alunos.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Votuporanga informou que “durante a execução da obra, alguns serviços extras precisaram ser incluídos, o que causou alteração no prazo de entrega.” Contudo, a Administração Municipal prevê a entrega do CEMEI “Ana Ferreira dos Santos” para o mês de junho e a entrega no CEM “Prof. Geyner Rodrigues” no mês de setembro.
Sobre a exposição de alunos e responsáveis às intempéries, a Prefeitura afirmou que “os pais já possuem um local com cobertura destinado pela direção da escola para deixar e receber os filhos. Além disso, toldos também serão instalados na Av. Anastácio Lasso.”