Gestantes atendidas pela Santa Casa recebem carimbo da placenta com as informações do nascimento do bebê.
Doze de janeiro de 2023. Um dia único para Jéssica Pinheiro dos Santo Melo, de 29 anos, e seu esposo Marinilson Veiga Rodrigues, de 28 anos. É a data em que a família ficou ainda mais completa com a chegada das princesas Heloá Fernanda dos Santos Melo Veiga e Letícia Fernanda dos Santos Melo Veiga.
As duas nasceram de césarea no período da manhã. Heloá veio ao mundo às 10h12 com 2.365 quilos e 45 centímetros e, na sequência, sua irmã às 10h14, com 2.340 quilos e 45 centímetros. Elas foram os presentes que Jéssica e Marinilson estavam esperando de ano novo.
O que eles não esperavam é que menos de meia hora depois do parto ganhariam mais um presente: as “Árvores da vida”, feita pelos profissionais da Santa Casa de Votuporanga como lembrança desse dia tão especial. “Fiquei muito emocionada, uma lembrança linda que irei colocar num quadro na sala. Quando elas estiverem maior, eu explicar de onde elas vieram”, disse Jéssica.
O projeto existe há mais de um ano e atende tanto pacientes de parto normal quanto cesáreas. As mães que dão a luz no Hospital recebem um desenho confeccionado em folha de papel, com tinta guache coloridas envolto da placenta da mãe, que faz alusão ao formato de uma árvore com ramificações. O nome remete ao significado e ao formato do órgão, pois o caule é o cordão umbilical, os galhos são as extensões dos vasos sanguíneos e as folhas o tecido placentário.
A iniciativa visa presentear as pacientes para recordar o dia especial do nascimento dos seus filhos, com um breve relato do parto e algumas palavras de carinho, além de integrar as práticas do parto humanizado na Instituição. “Essa ação de entregar a arte da ‘Árvore da Vida’ para as mães, já conhecida em grandes hospitais do mundo todo, é uma forma lúdica de proporcionar uma lembrança desse momento tão importante, o nascimento do bebê, sua separação de dentro do útero materno para iniciar sua própria vida”, explicou o enfermeiro obstétrico Rodrigo Ribeiro.
Placenta
A placenta é a representação mais pura de força e conexão, ligação única como jamais teremos novamente. É parte de um ciclo, é o início da vida.
É o único órgão que só existe durante a fase da gestação. Ela começa a se desenvolver nos primeiros dias da gravidez e deixa de ter função minutos após o nascimento do bebê, quando se desprende da parede do útero. É a maior ligação entre a mãe e o filho dentro do útero.
A placenta possui funções importantes como: o transporte de oxigênio e recolhimento do gás carbônico do bebê; é ela que recolhe do sangue da gestante as substâncias necessárias para a criança se desenvolver; tem função de imunização para o neném; produz os hormônios importantes para a manutenção da gestação.
Depois do parto, o órgão passa por um processo de higienização, para então, receber o trabalho artístico. Com tintas à base de água, a placenta é colorida e depois é carimbada numa folha de papel cartão. Após secar, a obra é entregue à família.
O provedor da Santa Casa, Dr. Roberto Biazi, ressaltou o acolhimento obstétrico do Hospital. “Estamos buscando sempre a melhoria da assistência, tendo em vista, o papel fundamental da humanização desde o atendimento na urgência até a alta dos pacientes. O nascimento é um momento de grande intensidade, uma mistura de sentimentos e sensações, uma experiência que marcará para sempre a vida desta mulher, e por isso, nosso objetivo é eternizar, positivamente, esse dia”, concluiu.