Análises da Saev Ambiental comprovam níveis satisfatórios de oxigênio no Córrego Marinheirinho

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Foto: Reprodução

Indicadores são estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente; resultados das últimas semanas garantem a eficiência no tratamento dos efluentes lançados pela ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) de Votuporanga/SP.


Votuporanga conta hoje com 100% de esgoto tratado por dois sistemas, a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) “Antônio Aparecido Polidoro” na zona rural do município, e a “Antônio Fiorentino”, no distrito de Simonsen. Isso quer dizer que todo o efluente produzido por Votuporanga é rigorosamente tratado antes de ser lançado novamente à natureza, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente).

A ETE Votuporanga trata atualmente cerca de 140 litros de esgoto por segundo, para devolver efluente tratado para o Córrego do Marinheirinho. E, para garantir a eficácia em todo o processo de tratamento de esgoto, até o retorno à natureza, vários indicadores devem ser atingidos pela Saev Ambiental para que os níveis de oxigênio na água sejam mantidos, assegurando vida ao Córrego.

Ricardo Savoine, chefe da Divisão de Tratamento de Esgoto da Saev, explica que além das análises físico-químicas realizadas nos efluentes da ETE por laboratórios certificados, a rotina de trabalho das equipes da própria Autarquia envolve a coleta semanal de efluente bruto na entrada da Estação de Tratamento, no ponto de lançamento de esgoto tratado e no Córrego Marinheirinho. “Para que possamos nos certificar da eficiência do processo de tratamento do esgoto que é lançado ao Córrego, nossos técnicos coletam água bruta em dois pontos do Marinheirinho uma vez na semana. Essa verificação semanal não é uma determinação do Conama, no entanto, é um protocolo que estabelecemos na ETE para acompanharmos se houve alterações que comprometam a qualidade da água do Córrego”.

As análises verificam o PH, temperatura, e os níveis de oxigênio dissolvido, materiais sedimentares, substâncias solúveis em hexano, e a demanda bioquímica de oxigênio. “Dentro das verificações dos últimos meses, observamos que todos os parâmetros exigidos estão em conformidade. Exemplo disso, é a análise da taxa de oxigênio dissolvido, que impacta diretamente na mortandade de peixes. O resultado que temos obtido é de uma média de 4 miligramas por litro, e o estabelecido pela Resolução 357/ 05 do Conama, é de 2 miligramas por litro”, reforça Savoine.

É válido ressaltar que o Conselho Nacional de Meio Ambiente é um dos órgãos que determinam os mais rígidos parâmetros ambientais.

“O dever da Saev Ambiental é o de garantir a eficiência do tratamento de esgoto a todos os votuporanguenses, buscando acompanhar o processo de tratamento e investir em projetos que contribuem para o desenvolvimento dos serviços prestados”, ressalta Antônio Alberto Casali, superintendente da Autarquia.

ETE Votuporanga

A ETE Votuporanga foi inaugurada em 2010, e construída no limite da divisa entre Votuporanga, Valentim Gentil e Parisi – uma das maiores obras da história do município. A área é de 33 alqueires, sendo que desse total, 11 alqueires correspondem à área de construção. No total, o espaço reservado para a ETE tem o tamanho de 30 campos de futebol.

O tratamento é feito pelo Sistema Australiano, composto de caixa de areia, gradeamento, lagoas anaeróbica e facultativa, além de escada hidráulica na saída da Estação.

São 7 km de emissários, ligados a outros 7 km, ou seja, 14 km distanciam a ETE da área urbana de Votuporanga. O esgoto parte da rede coletora ligada a todas as residências, comércios e indústrias da cidade e segue até a ETE por meio da gravidade. Todo o processo de tratamento utiliza o mínimo de energia.

O efluente percorre um trajeto de 14 km de emissários até chegar à caixa de areia ao lado das lagoas, onde começa o processo de tratamento. Este sistema é econômico e eficiente, pois utiliza somente a força gravitacional, sem necessidade de bombas ou geradores, que consumiriam energia elétrica.