Alta de até 1.300% em preços de remédios impacta falta de medicamentos na Santa Casa de Penápolis 

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Além da alta nos preços, hospital está utilizando mais remédios nos últimos meses. Diante da falta de medicamentos, profissionais de saúde estão usando outras drogas para realizar intubação.


A alta de até 1.300% nos preços dos remédios usados no “kit intubação” para tratamento de pacientes com a Covid-19 impactou na falta de medicamentos na Santa Casa de Penápolis/SP.

Segundo a direção do hospital, é o caso do anestésico midazolam, que teve alta no preço a partir de janeiro, com o agravamento da pandemia. O valor do medicamento passou de R$ 2,70 para R$ 37,90, que representa um aumento de 1.303,7%.

De acordo com a Santa Casa, diante da falta de medicamentos, profissionais de saúde estão usando outros medicamentos para realizar o procedimento. Porém, os anestésicos não são os mais indicados para intubação, pois são utilizados em pacientes com outras doenças.

Por conta da situação, o promotor de Justiça de Penápolis, Fernando Cesar Burghettisolicitou informações sobre a situação para a Santa Casa, a Prefeitura de Penápolis e o Governo Estadual.

Ministério Público determinou um prazo de 48 horas para obter respostas sobre os questionamentos. O promotor vai decidir quais medidas serão adotadas depois de recebê-las.

Além da falta de medicamentos por causa dos preços, os hospitais também estão usando os produtos em quantidade maior.

Confira o relatório de alta nos preços dos medicamentos feito pela Santa Casa de Penápolis:

  • Midazolam 50 mg (usado como anestésico para intubação) passou de R$ 2,70 para R$ 37,90, o que representa aumento de 1.303,7%; 
  • Fentanil 10 ml (usado como anestésico para intubação) passou de R$ 2,50 para R$ 15,50, o que representa aumento de 520%; 
  • Cisatracúrio (usado como relaxante muscular durante cirurgias) passou de R$ 14 para R$ 98, o que representa aumento de 600%; 
  • Caixa de luvas de látex para procedimentos médicos passou de R$ 15 para R$ 85, o que representa aumento de 466%. 

*Com informações do g1