Leite materno traz inúmeros benefícios para a saúde dos bebês em longo prazo.
A semana do aleitamento materno e o mês do Agosto Dourado refletem a importância dessa prática na rotina das recentes mães, tendo em vista os inúmeros benefícios para a saúde dos bebês em longo prazo.
Segundo dados publicados em órgãos governamentais, menos da metade dos lactantes brasileiros menores de seis meses de vida, em torno de 45,7%, foram amamentados exclusivamente, de acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil entre 2019 e 2020. Tal cenário é inferior à expectativa postulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que apresenta como meta de 50% até 2025.
Apesar da margem ser menor do que o esperado, ele aumentou significativamente, comparado a 2006 quando o percentual era de 37%. Ainda segundo os dados da pesquisa, o índice de aleitamento materno continuado entre crianças de 12 a 15 meses foi cerca de 53,1% e as crianças de até dois anos, 60,9%.
Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no país. O Brasil possui 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta.
Aleitamento materno: o padrão-ouro da saúde metabólica
O aleitamento materno é responsável por reduzir em 13% a mortalidade até os cinco anos, além de prevenir quadros de diarreia e infecções respiratórias, diminuir o risco de alergias e contribuir com a saúde metabólica na prevenção futura de doenças crônicas.
Conhecido como ouro líquido, o leite materno contempla todos os nutrientes importantes e necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, em quantidades seguras e sem a necessidade de complementar com alimentação até o sexto mês. Rico em lactoferrinas, minerais, ômega-3 e todos os outros essenciais.
Por conta disso, recomenda-se que toda lactante deva seguir o aleitamento materno exclusivo sempre que possível e adequado ao estilo de vida da mulher!
*Roberta Lara é nutricionista e colaboradora da página sobre nutrição “5 minutos de nutrição”.