Acordo determina pagamento de indenização e suspensão de CNH de pecuarista que provocou morte de sushiman 

851
Motociclista morreu atropelado em Araçatuba — Foto: Facebook/Reprodução

Fernando Ikeda Piona, de 45 anos, foi atropelado em Araçatuba pelo pecuarista Marco José Rodrigues de Sanches Valente Cintra. Medida é prevista em lei e encerra o caso sem abertura de processo judicial pelo crime de homicídio culposo na condução de veículo.


Um acordo determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do pecuarista investigado por provocar a morte de um sushiman, em Araçatuba/SP. Marco José Rodrigues de Sanches Valente Cintra também fazer pagamentos a um asilo e indenizar a filha da vítima. 

acidente ocorreu na madrugada de 11 de janeiro de 2020, na Avenida da Saudade. Na época, o pecuarista foi à boate e voltava para a casa quando bateu o carro de luxo na moto que Fernando Ikeda Piona pilotava. 

Segundo o inquérito, a vítima foi arrastada e o motorista fugiu sem prestar socorro. Contudo, ele foi identificado e prestou depoimento à Polícia Civil. 

A medida judicial é prevista em lei e encerra o caso sem abertura de processo judicial pelo crime de homicídio culposo na condução de veículo, ou seja, sem intenção, que foi a conclusão do inquérito policial. 

Apesar de haver indícios, polícia e Justiça não conseguiram comprovar se o motorista ingeriu bebida alcoólica antes da colisão, pois ele se apresentou às autoridades dias após o acidente. Isso enfraqueceu uma eventual denúncia por homicídio doloso, que poderia levá-lo a júri popular. 

No acordo entre Ministério Público e advogados de defesa, o pecuarista pagará um salário mínimo durante 36 meses a um asilo da cidade e teve a carteira de motorista suspensa por um ano, punição que começou a valer em maio. Na esfera cível, ficou acertado o pagamento de uma indenização à filha da vítima, hoje com 14 anos. 

Se o pecuarista descumprir as cláusulas do acordo, o trato é desfeito e ele pode responder judicialmente pelo crime de homicídio culposo, sujeito a pena de até 4 anos de prisão. 

*Com informações do g1