A hora e a vez do empreendedorismo feminino

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A empreendedora Katia de Brito em evento de capacitação de para intraempreendedores no Rio de Janeiro

A discussão em torno do empoderamento das mulheres tem aumentado nos últimos anos, o tema tem levantado questionamento da presença delas em diversos ambientes, incluindo o empresarial. A partir disso, o número de mulheres no empreendedorismo elevou. Atualmente, vemos cada vez mais a força do empreendedorismo feminino e sua liderança.

Abrir uma empresa no Brasil não é uma tarefa fácil, entretanto, a participação das mulheres no número de empresas abertas é consideravelmente maior e ativa.

Segundo especialistas em empreendedorismo, os empreendedores falham, em média, 3,8 vezes antes do sucesso final. O que separa os bem-sucedidos dos outros é a persistência”. Ou seja, conseguir alcançar o sucesso de ter um negócio próprio não é fácil e exige cuidado financeiro exige esforço.

O jornal Diário de Votuporanga em entrevista conversou com a apresentadora da Clube FM e também empreendedora Katia de Brito que pode falar um pouco sobre o tema, acompanhe:

DV: Como surgiu o empreendedorismo em sua vida?

“Na verdade sempre tive espírito empreendedor, cresci com o exemplo do meu pai comerciante e vi de perto todas as dificuldades enfrentadas para empreender em nosso país desde sempre. Mas nunca pensei em assumir a vida de empreendedor. Quando já tinha 16 anos de profissão na área de publicidade resolvi fazer faculdade e optei por gestão comercial, curso de 2 anos onde tive que entregar 4 TCCs (1 por semestre) criei 4 empresas com meu grupo que era composto por 3 homens e eu. A ideia sempre surgia clara na minha cabeça eu apresentava aos colegas e eles executam o projeto. Um dos projetos foi escolhido como melhor da classe e ficou para a faculdade como exemplo.
Continuei trabalhando em veículos de comunicação até 2020, quando conheci um novo modelo de negócio que me despertou para o empreendedorismo e me possibilitou um novo olhar para iniciar definitivamente empreendendo.”

DV: O que são mulheres empreendedoras?

“São mulheres que desejam ser livres financeiramente e buscam o próprio sustento e de sua família de uma maneira ousada e desafiadora. Muitas nem entendem o movimento empreendedor atual, e já fazem isso a muito tempo. Apenas fazem o que tem que ser feito para gerar renda e ajudar no sustento familiar, são as empreendedoras caseiras, vendem alimentos, ou produtos direto das próprias casas. Fazem acontecer por que sabem da necessidade e assim criam suas próprias metas para manter as despesas da casa.”

DV: Quais os desafios do empreendedorismo feminino?

“Avançar para o empreendorismo de forma profissional, deixar de ser caseira/amador para ampliar cenário de atuação e transformar seu negócio, expandindo a visão para investir na gestão produtiva. Sair do patamar de caseira para alcançar o patamar profissional, buscando conhecimento e inovação, através de capacitação e novas práticas para crescer no negócio que escolheu empreender.”

DV: Como você enxerga o empreendedorismo no Brasil e porque vem crescendo tanto?

“No Brasil temos uma diversidade imensa de possibilidade de negócio. eu acredito que o brasileiro é privilegiado com nossa criatividade e conseguimos enxergar coisas que transformamos em negócios rentáveis. quantas ideias boas que já sugiram e fizeram sucesso por esse nosso país não é mesmo? mas atualmente com o cenário político, econômico e social vemos novos formatos de negócios ganhando nosso mercado e mudando nossa cultura do empreendedorismo. vejo que temos mais chance de crescer saindo do tradicional e buscando novas alternativas para empreender.”

DV: O que mais te motiva e qual o seu conselho para quem deseja começar a empreender?

“Minha inspiração é um modelo de negócio no qual me encontrei que chamamos de intraempreendedorismo, que é empreender dentro de uma grande organização, com economia colaborativa, modelo de negócio que possibilita gerar renda por escalabilidade, a visão que esse negócio me deu de perspectiva de crescimento é o que me motiva todos os dias, e poder dividir isso com outras pessoas também é motivador, porque ninguém faz nada sozinho. Para quem deseja ingressar no “modo” empreendedorismo deixo a certeza de que primeiro encontre seu propósito, seu porquê, seu motivo, chame como quiser, aí busque a ferramenta que fará você alcançá-lo em menos tempo possível para você poder usufruir do que conquistar com saúde e por mais tempo.”

Empreender

O empreendedorismo é, muitas vezes, a alternativa de controle financeiro para milhões de pessoas que ficaram desempregados. Começar próprios negócios como vender bolo, iniciar uma pequena empresa, dar consultoria para alguma área torna-se uma opção viável de fonte financeira para quem se vê fora do mercado tradicional.

O cenário de empoderamento feminino é cada vez maior no país. Entretanto, os desafios ainda são marcantes em uma sociedade que cria desafios e empecilhos para a liderança feminina.

Lembrando que o empreendedorismo feminino ainda precisa superar a luta diária do machismo e da misoginia, mas vem conquistando cada vez mais seu espaço de luta e conquista!

Por Andrea Anciaes