10 de março – Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo 

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10 de março - Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo - Foto: Reprodução

Um terço dos brasileiros não faz exercício físico, o que impõem riscos ao coração e saúde do corpo, alerta especialista em Medicina do Esporte e Exercício do Austa Hospital.


Este domingo, 10 de março, é o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. No Brasil, é cada vez mais urgente combatê-lo, pois a inatividade está associada a várias doenças que elevam o risco de problemas cardiovasculares, como angina, infarto agudo do miocárdio e tromboses, ressalta Dr. Adriano Fróes, médico do Austa Hospital, pós-graduado em Medicina do Esporte e do Exercício.

O médico pontua que se tornar sedentário foi um passo importante para o ser humano, ao longo de seu desenvolvimento, porque lhe deu a possibilidade de se assentar em um lugar e usufruir dos benefícios oferecidos por esta condição, resultando no processo de civilização que presenciamos hoje.

“O que fizemos com esse estilo de vida foi o grande divisor de águas para o que encontramos hoje no ‘mundo moderno’. O sedentarismo anda de mãos dadas com uma série de circunstâncias, sendo a inatividade associada hoje a pelo menos 35 comorbidades que se associam a obesidade ou não”, explica Dr. Adriano.

Artigo publicado na revista científica Circulation mostra que pessoas que passam mais de 10 horas sentadas por dia têm nível de troponina acima do normal. A troponina é uma proteína que é liberada pelas células do músculo cardíaco quando não está saudável.

Além de riscos cardiovasculares, o sedentarismo é também a principal causa de outro problema de saúde pública, a obesidade. Um em cada cinco brasileiros é obeso, segundo o Ministério da Saúde, e 30% das pessoas não fazem qualquer tipo de exercício e quem faz, faz pouco, aponta levantamento do Instituto Ipsos.

O relatório World Obesity Atlas 2022 revela que, até 2030, 7,7 milhões de crianças brasileiras estarão com sobrepeso.

A média de horas semanais dedicadas à atividade física no mundo é de 6,1 horas. No Brasil, não passa de 3 horas semanais. Esta realidade é uma das principais causas de o número de brasileiros obesos ter aumentado 72% nos últimos 13 anos.

O médico do Austa Hospital ressalta que a grande maioria das pessoas pode perder peso se incorporar exercícios físicos e um bom planejamento nutricional em sua rotina. Ele recomenda que a avaliação e o acompanhamento do paciente envolvam uma equipe multidisciplinar.

É muito importante, enfatiza Dr. Adriano, o médico respeitar a individualidade de cada paciente, sua história de vida, hábitos e preferências. “Ouvindo sempre o paciente, devemos escolher o exercício ou esporte que gostem de praticar, seja caminhada, natação, futebol ou mesmo dança”, diz Dr. Adriano. “O importante é manter-se em atividade, ter vínculo com boas práticas alimentares, adotadas com a recomendação médica e de nutricionista, de preferência”, completa o médico pós-graduado em Medicina do Esporte.