Votuporanga supera marca de 2 mil casos de dengue em 2025 

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Votuporanga supera marca de 2 mil casos de dengue em 2025 — Foto: AP Photo/Felipe Dana

Município que registra uma morte confirmada, ainda aguarda o resultado de 1.089 casos sob investigação.


Jorge Honorio 
jorgehonoriojornalista@gmail.com

Votuporanga/SP ultrapassou a marca de 2 mil casos de dengue em 2025, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, divulgados pelo Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (20.fev).

De acordo com o informe, 2.041 casos já foram confirmados e outros 1.089 são investigados. Desde o início do ano também foram registrados 52 casos do sorotipo DENV3, dois de DENV2 e um de DENV1, além de 9 de Chikungunya – outros 15 estão sob investigação. Município ainda contabilizou uma morte.

Votuporanga enfrenta um grave quadro de dengue, reflexo estendido do ano de 2024, quando contabilizou cerca de 11,5 mil, e 14 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Diante do quadro epidêmico, no último dia 3 de fevereiro, um ambulatório especializado no atendimento de pacientes com dengue foi aberto em um prédio anexo ao câmpus Centro da Unifev, na Rua Paraná, 3577. O atendimento ocorre das 7h até meia-noite, inclusive domingos e feriados. Unidade surgiu para desafogar os pontos de atendimento mais procurados, como a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o Mini-Hospital ‘Fortunata Germano Pozzobon’, na zona norte.

Sem vacinação disponível contra a dengue, Votuporanga vem adotando frentes de trabalho de nebulização veicular noturna e a instalação das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL) – popularmente conhecidas como ‘armadilhas para mosquito’, uma estratégia desenvolvida pela Fiocruz. A iniciativa é mais uma das medidas de enfrentamento à Dengue. Inicialmente, as armadilhas serão instaladas em alguns domicílios na zona norte do município.

Na prática, as Estações Disseminadoras de Larvicidas são uma nova estratégia nacional de combate ao Aedes aegypti que utilizam a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida. Resumidamente, são instrumentos que facilitam a disseminação de larvicida pelos próprios mosquitos, entre locais tratados com o larvicida e criadouros não tratados.

Trata-se de um balde plástico com flutuador envolto de tela impregnada de larvicida. Quando um mosquito adulto pousa na superfície da EDL, partículas do larvicida se aderem às pernas e ao corpo do mosquito. Como as fêmeas do Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses demais locais, que viram armadilhas letais para os mosquitos imaturos.

Prevenção

A Vigilância Ambiental orienta a população a deixar os quintais sempre limpos; verificar recipientes como garrafas, pratos de vasos de plantas e sacolas plásticas que podem acumular água; limpar calhas; tampar caixas d’água e utilizar produtos como detergente e sabão em pó diluídos em água nos ralos internos e externos, para evitar a proliferação do vetor. É igualmente importante lavar os bebedouros dos animais frequentemente com água, bucha e sabão.