Walmir Chaveiro (PTB) foi alvo de denúncia de suposto assédio sexual ocorrido na Câmara de Mirassol/SP na quarta-feira (1º).
O vereador Walmir José Pereira Júnior (PTB), conhecido como Walmir Chaveiro, foi alvo de denúncia de suposto assédio sexual ocorrido na Câmara de Mirassol/SP na quarta-feira (1º). A acusação foi registrada por Juliane Aparecida Gonçalves Angeloti, que é filha da vereadora Cida Dias (Republicanos), em boletim de ocorrência elaborado no dia 20 de agosto na Delegacia no município.
De acordo com Juliane, desde maio deste ano, Walmir Chaveiro iniciou comentários e brincadeiras “impertinentes”. “Os comentários ocorreram dentro da Câmara de vereadores e sempre que a vítima está sozinha e assim ele aproveitava para chamá-la e começava a dizer que queria sair com ela, que a buscaria no trabalho ou na casa”, consta no boletim de ocorrência. “Ainda dizia que como a mulher dele começou a trabalhar fora, seria mais fácil a vítima sair com ele, bem como usou de comentários do tipo: ‘com essa roupa eu não aguento’ e ‘não uso camisinha, mas não tem problema porque fiz vasectomia'”.
Juliane disse ainda que o parlamentar queria levá-la para São Paulo, “pois lá poderia ficar livre e sem ninguém olhando”. “Esclarece a vítima que recentemente estava na porta da Câmara Municipal e Walmir (Chaveiro) ofereceu carona, ocasião em que sua mãe, que também é vereadora, perguntou a ele para onde levaria a vítima e Walmir respondeu: ‘esse gordinho ninguém resiste’. Diante do exposto, a vítima deseja que providências criminais sejam tomadas contra Walmir”, consta na ocorrência policial.
As mesmas informações constam na denúncia contra o vereador do PTB no pedido de apuração por possível quebra de decoro parlamentar registrada no Legislativo. Além disso, a denunciante cobra a abertura de Comissão Processante contra Walmir Chaveiro, que pode culminar até na cassação do mandato do parlamentar.
Em entrevista ao Diário, Juliane afirmou que resolveu denunciar o vereador do PTB após possível perseguição dele nas redes sociais. Ela disse que a sua iniciativa não tem nenhuma conotação política. “No começo fiquei com muita vergonha. Fazia questão de policiar minhas roupas. Foi um processo constrangedor”, afirmou a denunciante. “Fiz a denúncia para que o caso não fique impune”, disse Juliane.
A vereadora Cida não foi localizada para comentar o assunto nesta sexta-feira, 3. A assessoria da Câmara de Mirassol informou que parecer jurídico elaborado na Casa será contra o recebimento da denúncia, que “não preenche os requisitos mínimos exigidos pela lei para seu processamento, bem como veio desacompanhada de provas, além de não ter indicado a produção de nenhuma”.
O vereador Walmir Chaveiro participou de reunião com o advogado do Legislativo. Ao Diário, no entanto, disse que o parecer foi contrário. “Ela fez acusações sem provas e sem testemunhas”, afirmou o vereador ao dizer que ele é alvo de perseguição.
*Informações/diariodaregiao/Rodrigo Lima