Trombose: uma doença silenciosa alertada em semana mundial 

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Cirurgião vascular Augusto da Silva, ao lado de tomógrafo no Austa Medicina Diagnóstica; tomografia auxilia no diagnóstico da trombose

Doença típica de idosos, trombose atinge cada vez mais jovens após a pandemia da covid-19.


A Semana Mundial da Trombose, de 10 a 14 de outubro, acontece em momento importante porque médicos constataram que a pandemia da covid-19 causou o aumento desta doença grave, característica dos idosos, em pessoas cada vez mais jovens. “A trombose arterial, em que há predomínio de plaquetas que geralmente se instalam sobre uma placa de cálcio ou gordura, é prevalente em idosos, porém, verificamos que durante e pós a pandemia atinge mais jovens”, afirma o cirurgião vascular Augusto da Silva, do Austa Hospital, de Rio Preto.

O médico alerta, portanto, para que as pessoas acima dos 60 anos, mas também as mais jovens fiquem atentas aos sintomas da trombose, doença grave que atinge mais de 180 mil indivíduos a cada ano no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

Além da consulta ao médico especialista, Dr. Augusto orienta que, frequentemente, é importante a realização de exames para se obter a extensão do problema e definir o tratamento. No Austa Medicina Diagnóstica, os médicos angiologistas e cirurgiões vasculares contam com os mais modernos exames, como a angioressonância, angiotomografia e edodopler.

“Quanto mais cedo a trombose for diagnosticada e tratada, menores os impactos e malefícios à pessoa”, ressalta o cirurgião.

Os médicos acreditam que o número de casos aumentou com a pandemia da covid-19 porque as pessoas permaneceram durante muito tempo inativas em casa. “Habitualmente, ficar muito tempo sentado ou parado é condição que contribui para aumentar o risco de trombose. Esta foi a realidade de muita gente durante a pandemia”, salienta Dr. Augusto da Silva.

A trombose é a formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, onde o sangue no estado líquido se transforma numa “massa” de células e em outros elementos que podem obstruir parcialmente ou na totalidade os vasos. Com isso, há a obstrução do sistema circulatório por um coágulo que prejudica e reduz o fluxo sanguíneo pelas artérias e pelas veias do corpo humano.

A trombose pode ser classificada em 2 tipos principais: trombose arterial e trombose venosa profunda. A trombose arterial prejudica o fluxo de sangue para as extremidades do corpo, predispondo a um quadro clínico de isquemia e má circulação. Por outro lado, a trombose venosa profunda dificulta o retorno do sangue em direção ao coração, com possível desenvolvimento de embolia pulmonar.

Os sinais e sintomas da trombose são bem claros. Os mais comuns são as dores nas pernas, acompanhadas de inchaço na panturrilha e nos pés. Além destes sintomas, a pessoa que desenvolveu um quadro clínico compatível com trombose venosa profunda ainda pode ter o endurecimento da musculatura da panturrilha, dificuldade para caminhar, alteração de coloração nos pés e arroxeamento das extremidades.

Nos casos avançados, a trombose evolui para a embolia pulmonar, podendo causar dores no peito, falta de ar súbita, sensação de angústia, taquicardia (batimentos cardíacos acelerados) e taquipneia (ritmo respiratório exagerado), com risco até de morte.

Diagnóstico e tratamento da trombose

Para fazer o diagnóstico, o médico baseia-se no histórico clínico e no exame físico do paciente. Ao examinar o paciente, verifica-se se há dores nas pernas, inchaço, empastamento ou endurecimento da panturrilha e se tem dificuldade para caminhar.

Para auxiliar na confirmação diagnóstica, médicos contam no Austa Medicina Diagnóstica com modernos exames, como a angioressonância, angiotomografia e edodopler.

O tratamento pode ser clínico, através de medicamentos anticoagulantes, ou cirúrgico, dependendo da extensão da trombose. O tratamento cirúrgico é minimamente invasivo, com procedimento endovascular. Este deve ser feito em hospital com estrutura e equipamentos modernos em hemodinâmica e equipe especializada.

Fatores de risco da trombose venosa profunda 

Os principais fatores de risco o histórico familiar, predisposição genética, obesidade, sedentarismo, traumas, viagens prolongadas de carro, ônibus ou avião, doenças sistêmicas (insuficiência cardíaca e insuficiência renal), procedimentos cirúrgicos recentes (cirurgias plásticas, bariátricas, ortopédicas e oncológicas), presença de neoplasias, histórico de doença venosa e gestação e puerpério.

Ao constatar alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar o mais rapidamente possível o médico para o diagnóstico e, se confirmada a trombose, iniciar o tratamento logo.

Prevenção da trombose venosa profunda

Há várias atitudes que as pessoas podem adotar para se prevenir de ser surpreendido por uma trombose. Recomenda-se parar de fumar, consumir bastante água, ter alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar passar muito tempo na mesma posição no horário de trabalho ou em longas viagens.

O uso de meias elásticas também pode ser indicado, de acordo com o cirurgião vascular, já que comprimem os vasos sanguíneos, melhorando o retorno venoso e, consequentemente, prevenindo problemas vasculares como varizes e trombose.