Tribunal de Justiça afasta prefeito e quatro vereadores de Guapiaçu após operação contra corrupção 

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Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Guapiaçu/SP — Foto: Polícia Civil/Divulgação 

Prefeito Jean Vetorasso (DEM) e os vereadores Juliano Vetorasso (PTB), Alessandro Merigui (DEM), Luiz Renato Lorenzi (PP) e Toninho Longo (DEM) são investigados por prática de corrupção e organização criminosa, segundo a Polícia Civil.


O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou na tarde desta quinta-feira (21) o afastamento imediato do prefeito de Guapiaçu/SP, Jean Vetorasso (DEM), e dos vereadores Juliano Vetorasso (PTB), Alessandro Merigui (DEM), Luiz Renato Lorenzi (PP) e Toninho Longo (DEM).

De acordo com a Polícia Civil de São José do Rio Preto/SP, os políticos foram alvo de uma operação que investiga a prática de corrupção e organização criminosa. 

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira. As equipes estiveram nas casas dos investigados e na residência de um dos filhos dos vereadores. 

A ação foi coordenada pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECOLD) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC). 

Em nota, a Prefeitura de Guapiaçu disse que disponibilizou toda a documentação pertinente ao caso e afirmou que vai tomar as medidas cabíveis quando tiver mais informações. 

De acordo com o delegado Ricardo Rodrigues, os políticos começaram a ser investigados depois que a Polícia Civil recebeu denúncia indicando que empresários estavam sofrendo pressão de alguns vereadores para a aprovação de um loteamento habitacional. 

“Para ocorrer a aprovação, os empresários deveriam pagar uma certa quantia, que seria rateada entre os vereadores. Uma vez instalado o inquérito policial, foram angariadas diversas provas que levaram o doutor Gustavo a requerer junto ao Poder Judiciário a prisão do prefeito de Guapiaçu e dos vereadores”, explica. 

Ainda conforme Ricardo Rodrigues, o pedido de prisão dos quatro políticos foi negado, mas a Justiça determinou que as equipes da corporação cumprissem os mandados de busca e apreensão. 

“O intuito da busca e apreensão era apreender aparelhos celulares e outros eletrônicos que pudessem indicar o conluio. A diligência teve sucesso em parte, uma vez que o prefeito não se encontrava na cidade, mas os outros aparelhos foram apreendidos e trazidos para a delegacia. Já foi decretada a quebra de sigilo dos aparelhos. Vamos analisar o teor das conversas”, conta. 

*Informações/g1