K.R.G., de 44 anos, é apontado como autor da extorsão e latrocínio de Gilberto Teruo Sato, de 73 anos, e Roberto Massao Sato, de 70 anos, que foram encontrados mortos com sinais de violência no bairro São Judas Tadeu, no dia 7 de julho.
O Ministério Público de Votuporanga/SP denunciou K.R.G., de 44 anos, pela extorsão e latrocínio dos irmãos Gilberto Teruo Sato, de 73 anos, e Roberto Massao Sato, de 70 anos, que foram encontrados mortos com sinais de violência no bairro São Judas Tadeu, no dia 7 de julho.
Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime brutal que chocou a sociedade votuporanguense e ganhou repercussão nacional pela crueldade contra as vítimas teria ocorrido em 4 de julho, dentro da casa dos irmãos na Rua Atílio Pozzobon.
O crime que obteve uma rápida resposta das forças policiais foi descoberto no início da tarde daquela segunda-feira (7), quando uma sobrinha das vítimas, desconfiando da falta de contato com os tios foi até a casa deles, ver o que tinha acontecido, momento em que os encontrou já sem vida. Gilberto estava sobre a cama do quarto e Roberto estava em uma poltrona na sala. Ambos foram mortos com golpes de um objeto ainda não identificado, provavelmente um pedaço de madeira ou uma barra de ferro.
Após a descoberta dos corpos, tanto a Polícia Militar com a auxílio do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) quanto a Polícia Civil iniciaram as diligências em busca dos suspeitos e, no final do mesmo dia, K.R.G., vizinho de muro das vítimas, foi preso após ser flagrado por câmeras de segurança passeando pela cidade com o carro roubado das vítimas.
Ele foi abordado em sua casa e no seu bolso foi encontrada a chave do Toyota/Corolla que estava estacionado na Rua Antonio Sá, próximo a uma faculdade na área central. Diante da descoberta, ele não teve alternativa a não ser confessar, entregar o dinheiro roubado, cerca de R$ 3 mil, e levar os PMs até o local onde havia deixado o veículo.
Na Central de Flagrantes, K.R.G., confessou ter realizado o roubo, mas disse que V.C.M.S., é quem teria matado os irmãos. O segundo suspeito foi preso posteriormente pela Polícia Civil, contudo, negou veementemente sua participação no crime, além de apresentar um álibi, que foi confirmado pelas autoridades.
Diante dos fatos, o delegado responsável pelo caso afirmou que não restaram indícios suficientes de autoria para manter o indiciamento de V.C.M.S., e, por isso, representou pela revogação da prisão preventiva.
Agora, o representante do MP determinou o arquivamento da investigação contra V.C.M.S., pelo suposto envolvimento na trama. O promotor seguiu a linha da investigação policial, segundo a qual as provas não colocam o investigado na cena do crime.
Segundo a denúncia, K.R.G., tramou o roubo e o assassinato dos irmãos. Friamente, após as mortes, ele roubou o carro, dinheiro e objetos de valor, e circulou pela cidade. Frequentou casas de prostituição, consumiu cervejas e presenteou a companheira com parte do dinheiro roubado das vítimas.
A denúncia do promotor Eduardo Martins Boiati segue para apreciação da Justiça.
