SOBRIEDADE JÁ: GUERRA: QUANDO O DIREITO A FORÇA VENCE A FORÇA DO DIREITO…

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Agora a pouco vi um post de uma imagem da Ucrânia, aquele monte de escombros, mas o terrível mesmo, foi ver pessoas, muitas, sendo enterradas em sacos plásticos, em valas comuns, jogadas umas em cima das outras, vi também que mais de 2.000 crianças foram levadas dos pais, então fiquei me perguntando: Porque acontece uma guerra? Entre tantas respostas achei essa:

“Os líderes acabam usando o direito a força, e deixando de lado, a força do direito.”

Independente que seja um país, ou uma pessoa, todos tem seus direitos, mas sinceramente a visão do direito, está tomando uma proporção que relativiza o direito, quando na verdade deveria ser uma afirmação objetiva. Direito é direito.

Quando criança lembro bem de um ditado muito repetido pela mamãe: que os nossos direitos terminam quando começam os direitos dos outros.

Será que existe um direito maior do que a vida? O direito de viver?

Acontece que essa fronteira entre os direitos, acaba sendo limitada, e dimensionada de acordo com os olhos do interessado.

Vemos, extremamente maculado muitos direitos básicos. Mas de verdade, quem deve julgar o que é meu direito, e o que é o seu?

Não quero levar esse papo para a ideia fria do direito como lei, como regras, mas sim sobre direitos óbvios, e o mais evidente é o direito à vida.

Nessa polarização política que vive o mundo, vemos os extremos, sejam os que se dizem de direita e os que se dizem de esquerda, se sentirem donos do direito à vida do outro, vou explicar:

Os esquerdistas comemoram aprovação do aborto, por exemplo como aconteceu na Colômbia para fetos de até 24 semanas, gente, 6 meses, muito provavelmente você conhece algum casal que teve filho prematuro, e sobreviveu, ok! Já os direitistas vibram com a possibilidade da pena de morte, talvez imaginam que seria para os fetos que escaparam do aborto dos esquerdistas e cresceram, chegaram nos seus 20, 30, 40 anos, e na visão deles não deram certo, afinal alguns roubam, usam drogas, então, pena de morte neles.

É a maior ofensa do direito, é tirar uma vida, seja como for, isso acontece quando alguns com direito a força, elimina do outro a força do direito.

E aí em pleno século 21, ainda vemos os que tem mais força, sejam pessoas ou estados, decretar guerra ao teoricamente mais fraco, a estupidez da guerra expõe de forma ampliada a ousadia do teoricamente com mais força, eliminar o outro.

Vida é o direito pleno dado por Deus, e cabe a Ele também determinar quando deve acabar.

E veja que junto ao direito a vida, um outro direito é fundamental, a liberdade, infelizmente também estupidamente roubada pelas guerras.

E quando se fala do direito à liberdade, a base é a intersecção da nossa liberdade com a liberdade do outro. Quando nossa liberdade fere a do outro, uma das duas precisará ser revista.

A liberdade é uma força de direito tão lógica, que quem poderia, ou melhor, teria o direito em controlá-la seria quem nos criou, mas Deus deixa o homem livre, e ainda foi extremamente carinhoso ao colocar as consequências da liberdade, tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.

Existem as lógicas da liberdade básica, mas também existe a liberdade que cada um imagina como sua.

Vou explicar: Se você está num barco junto com o dono, e ele do nada resolve fazer um furo no barco, ele tem esse direito? Até teria, afinal de contas o barco é dele, acontece que a chance é grande de todos se afundarem com o barco.

Então vou colocar uma definição importante aqui: seu maior direito na vida, é o direito de defender a sua vida… vou repetir: o maior direito na vida é o direito de defender a vida.

Existem muitas armas que matam a vida sem ser bombas, mísseis, revólveres, metralhadoras. Mentira é uma bomba que mata reputações, palavras mal colocadas destroem pessoas, arrasam com muitas vidas.

Penso que a humildade deveria sim decretar guerra, uma guerra mundial contra o ódio, a intolerância, contra a hipocrisia, esses ditadores, que se revestem da armadura do poder, e se sentem deuses, e invadem não só países, mas mentes menos informadas, principalmente crianças, que invadidas pelo sistema, são mortas mesmo estando vivas fisicamente, lhes tiram a liberdade até de pensar, de ponderar, e escolher, de saber, esses “soldados” a mando de ditadores escondidos na mídia, nas escolas, entram no território mais sagrado das pessoas com informações e omissões de informações, deixando personalidades limitadas.

A força do direito precisa vencer o direito a força.

Aliás quem deu a quem o direito a força? Como um outro pode arrombar a privacidade, a propriedade ou a liberdade do outro e decretar guerra ao teoricamente mais fraco? Quem lhe deu essa força?

Todo poder é dado do alto, todos temos algum tipo de poder, de ascendência sobre alguém, essa pirâmide da hierarquia do poder e da força é inevitável, mas perante Deus somos iguais, aliás vale pensar aqui, existem sim o mais poderoso segundo o ensinamento de Jesus, é aquele capaz de se fazer pequeno, se fazer servo, e usar essa força para produzir vida aos outros, nunca morte.

Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

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