PARA QUEM VAI O PRIMEIRO PEDAÇO DO BOLO…
Quando estão cantando parabéns o aniversariante fica ali meio sem graça, agora quando perguntam: “Para quem vai o primeiro pedaço do bolo?”
A maioria fica perdida, porque normalmente estão ali, a família, pessoas que a gente ama, então se você entrega o primeiro pedaço para sua mãe, sua esposa já fica incomodada, se entregar para sua sogra então, sua mãe te deserda.
E aí, mesmo que você dê o bolo todo pra uma outra pessoa, é o segundo lugar, e a quantidade não vai substituir o sentido de ter escolhido o outro primeiro.
Então quando as escrituras nos dizem, ame a Deus acima de tudo, é dar o primeiro pedaço, sem pensar.
Muita gente diz: “Vou dar minha vida toda a Deus, mas vou começar amanhã.”
Nada feito, dê agora!
O agora é sua prioridade, o resto da sua vida, você ainda não tem.
SAIR OU NÃO DA ZONA DE CONFORTO?
De certa forma a expressão: “Sair da zona de conforto.” Pode te levar a um constante incômodo, e passar uma ideia de que se você está bem. Está em paz.
Tem alguma coisa errada, porque, simplesmente por estar bem, e isso é um contrassenso.
Até pela nossa cultura latina, especialmente nos brasileiros que fomos os últimos a abolir a escravidão, podemos ter enraizado um conceito de ter que estar produzindo sempre, se mexendo sempre.
Cuidado, para não só ficar ouvindo esse juiz perverso que existe dentro de nós, nos julgando e acusando, ou esse senhor do engenho com chicote na mão, punindo e te expulsando do ambiente que você escolheu para ser feliz.
Deus te quer feliz, e nos deu o caminho, amar, pode até ser que alguém ame e não seja feliz, agora ser feliz sem amar é praticamente impossível.
SUPERFICIALIDADE NATIVA E A ADQUIRIDA
Quando penso em dar alguma opinião aqui, procuro não passar a ideia de muita radicalidade, apesar que princípios morais e éticos são imutáveis, seja em que tempo for.
É que, particularmente acho que o ser humano por natureza é superficial demais, mas qual é o tamanho da influência do meio e da época nessa superficialidade nossa?
Infelizmente o contexto cultural de hoje, joga abaixo do nível de aceitável, a maneira que a maioria vê as coisas.
Veja, sempre gostei de música, mas sinceramente, muitas atuais, pelo apelo comercial, não só a música, mas, teatro, manifestações culturais, retiram o homem da sua essência, insistem em não fazer as pessoas pensarem, tocam só a pele, sem ser profundo.
Então pais, professores, desinstalarem esse aplicativo da superficialidade que instalaram nessa geração, e criem ambientes onde a pessoas verdadeiramente se desafiem, se interiorizem, e se descubram.
QUANTO MAIS REZO, MAIS ASSOMBRAÇÃO APARECE…
Ouvi uma estorinha de um rapaz que queria muito conhecer o diabo, saiu procurando, foi nas bocas de fumo, nos prostíbulos, nada do bicho, até que alguém lhe falou: “Eu vi ele lá na igreja.”
Surpreso o rapaz foi conferir, não é que ele estava por lá, então rapaz perguntou, o que ele estava fazendo ali, ele disse: “Lá onde você foi me procurar, já são meus, vim aqui ver se consigo conquistar alguns desses da igreja.”
Pensando nisso lembrei daquele ditado, que diz: “Quanto mais rezo, mais assombração aparece.”
E vi uma verdade aí, se você estiver procurando mesmo o caminho de Deus, vai passar por provações, por assombrações mesmo, mas sinceramente, prefira se deparar com assombrações e vencê-las por estar firme na fé, do que por estar longe da igreja, dos sacramentos, ser derrubado pela primeira assombração que aparecer.
A CORAGEM PRECISA DO MEDO…
Às vezes ficamos com a impressão de que ter coragem, é nunca sentir medo. Negativo!
O medo é inerente da nossa personalidade, da personalidade animal, e ele é positivo quando não te paralisa, quando não te bloqueia.
Resumindo: coragem, é agir mesmo com medo.
Da mesma forma, quando a gente pensa que ter fé, seria não ter dúvidas, não… porque a fé se constrói porque nós temos dúvidas, eu não tenho a certeza por ter visto, então eu preciso da fé, e acreditar que existe.
Eu tenho medo, logo, eu preciso da coragem.
Percebe, então coragem é agir mesmo tendo medo, agora, o não agir não é só medo, é covardia.
Resumindo, o medo não é suficiente para revelar um medroso, pode revelar sim um corajoso, agora a covardia só revela o covarde mesmo.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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