AMOR E PAIXÃO
Não precisa se ir muito longe pra perceber pessoas dizendo que amam, que amam coisas, amam comidas, com a mesma facilidade que dizem que amam pessoas.
Acontece que se confunde amar, com se saciar, ou se satisfazer de algo. Mas, pasmem… quantas notícias de homens que mataram suas companheiras, dizendo que foi por amor. “Ela não me quis mais, eu a matei.”
Na verdade, o amor não é aquilo por que se mata, amor é algo porque se morre, Jesus que o diga.
Olha, se pergunte, se isso que você sente, pode um dia se transformar em ódio, então, nunca será amor.
Paixão sim, pode se transformar em ódio, agora o amor nunca deixará de ser amor, nunca passará.
DEPENDÊNCIA AFETIVA
Se fala muito em dependência química, dependência do álcool, mas existem outras dependências que acabam passando até despercebido, e até confundida como algo positivo, até como amor, por se tratar de relação entre as pessoas, que é a dependência afetiva.
E as reações podem ser muito semelhantes.
A ausência mesmo que momentânea de alguém na vida desse suposto dependente, pode fazer com que ele entre num verdadeiro estado de desespero, criando uma real crise de abstinência.
Sabe aquela frase: “Eu não vivo sem você?” É a síntese da vida de um dependente afetivo. Ele acredita que de fato, não consegue viver sem a pessoa.
E aí transforma um outro ser humano, em uma substância psicoativa, num verdadeiro ser humano tarja preta.
É BOM SER IMPORTANTE, MAS É MAIS IMPORTANTE SER BOM
Cada vez mais o comportamento humano, vem fazendo com que aquele ditado, de que “os fins justificam os meios”, vire consenso.
A competição profissional, e os egos inflados, faz a gente perder a percepção da importância da solidariedade, da honestidade, da empatia, e nos ocupamos mais com a necessidade de se ter um rótulo, de ser notado, de ser importante, que a sociedade nos veja como importantes.
Ok! Quer ser importante? Então seja bom! Você irá perceber o quanto importante você vai se tornar, simplesmente porque decidiu ser bom.
Resumindo, é muito bom ser importante, mas é mais importante ser bom.
PERDER O MOMENTO PARA FOTOGRAFAR O MOMENTO
Hoje as pessoas com seus celulares na mão, estão perdendo o momento para fotografar “o momento”. E momentos são únicos.
Se fotografa onde se está, com quem se está, como se está vestido. Ok! Mas que mal há nisso? Além de se perdem o momento?
Isso me parece uma baita necessidade de se ser notado, de ser visto.
Mas quem disse que a essência está só na presença? Muitas vezes a verdadeira essência está na ausência.
Discrição é uma virtude, e preste atenção nisso: a discrição é para a alma, o que as suas roupas, ou o seu pudor é para o seu corpo. Então vista sua alma de discrição, e seja visto também pela alma e não os olhos dos outros.
AME PESSOAS E USE COISAS…
Tenho certeza que Deus criou as pessoas para serem amadas, e as coisas para serem usadas.
Parece óbvio né? Mas como o ser humano gosta de reinventar, de reclassificar o que Deus fez, vemos pessoas amando coisas, e usando pessoas.
É um amor às coisas, é um consumismo, de pessoas por pessoas.
Olha a inversão.
O que estiver atrapalhando meu projeto eu excluo, ou pior até faço de escada pra chegar no objetivo, e ter coisas.
Parece que dentro do ser humano existe uma chama de consumismo que ofusca a essência.
Aliás, teríamos que ter sim, uma dentro de nós capaz de iluminar o outro, deixar de ser consumidores de pessoas.
Então, tire o seu próximo da vitrine e traga pare seu coração.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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