SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

ENSINE A DESCER NO LUGAR CERTO

Principalmente os pais, mas no geral, a gente se preocupa com as escolhas dos outros.

Nos sentimos meio que no direito, de escolher o que nós achamos que é o melhor para o outro, até pouco tempo atrás eram os pais que escolhiam os maridos das filhas.

A gente deve dosar nossa participação nas escolhas dos outros, existe toda uma particularidade, tentar conduzir, mas chega um momento que filhos decidem por si.

Você é como um motorista de um ônibus, teu papel nele é conduzir, mas se num determinado momento o passageiro puxar aquela cordinha e pedir para descer, é difícil “o motorista” convencê-lo a não descer.

Então, pais, professores, vocês não irão decidir onde seus filhos ou alunos descerão, mas com toda a certeza, é você que vai ensiná-lo a comprar a passagem certa.

O AUSENTE JÁ É UM SEM RAZÃO

Uma das piores reações que alguém pode ter, é a indiferença.

Porque o indiferente não deixa saber o ele está pensando ou o que ele está planejando.

E a indiferença é cruel, porque ela passa a ideia de ausência.

O pior é que normalmente esses ausentes são os que mais reclamam depois, do que foi decidido, ou do que foi feito.

Então o ausente, na minha opinião já é um sem razão, pela sua indiferença, seja no voto em branco, na omissão da opinião, e não tem direito de reclamar depois.

Olha, a indiferença é cruel, ela te trai, porque te faz perder o que você poderia ter ganho caso agisse, pois, todo sonho para que aconteça, precisa de alguém que faça acontecer, não só ficar esperando que os outros façam.

ARREPENDER-SE É TÃO HUMANO COMO ERRAR…

Não é porque todo mundo faz que é certo.

O ambiente pesa nas nossas decisões, somos influenciáveis, sei que fazer diferente em algumas circunstâncias é nadar contra a correnteza.

Mas te sugiro a coragem de se perguntar: “Isso eu quero fazer mesmo, isso eu posso fazer, mas principalmente, isso eu devo fazer?”

O equívoco, a decisão errada, é inevitável, somos humanos, mas tem uma saída, o arrependimento.

Arrepender-se é muito do humano, gente um cachorro não se arrepende de morder seu dono, e o humano que não se arrepende, a medicina chama de psicopata, e muitos até defendem seus erros dizendo que não se arrepende do que fez, mas do que deixaram de fazer.

Duvido… quem diz isso, mente, e perde uma grande oportunidade de após o arrependimento, se auto perdoar, e aí reencontrar a paz.

INVERSÃO DE VALORES…

Como a gente vive em uma inversão total de valores né?

Você poderia definir, mas, para você mesmo, o que seria ser chique, ou o que seria uma pessoa bonita, ou elegante?

Com certeza as definições vão girar em torno de um externo, de aparência.

Ahhh o chique ou elegante é alguém bem vestido, alguém bonito é quem está dentro de um padrão de beleza, que aliás não sei quem estabeleceu esse padrão, mas que a gente segue e sem questionar.

Mas vamos ser sincero: existe algo mais chique do que ser feliz, mais elegante do que ser honesto, mais bonito do que uma pessoa caridosa, uma pessoa grata?

Se a gente conseguisse estabelecer esse padrão de beleza, de elegância, quanto mais velhos a gente seria mais chiques, mais belos, mais elegantes, sem grifes, e nem maquiagem nenhuma.

NÃO SOIS UM BANCO DE DADOS, HOMENS É QUE SOIS…

Uma frase do Charlie Chaplin marcou época, por expressar o perigo que ele via, na relação entre as pessoas, motivado pela revolução industrial onde o homem começou a ser visto, e o pior, e a se ver, como máquina, ele disse isso: “Não sois máquina, homens é que sois.”

Penso que se Chaplin vivesse nos dias de hoje, ele nos diria: “Não sois um banco de dados, homens é que sois.”

Comprovadamente hoje, o vício digital só perde para o vício nas drogas, a tela do smartfone, do notebook trás de forma rápida, barata e fácil outros vícios como jogos e pornografia.

De forma veloz o cérebro do homem está se transformando num HD humano, que guarda as informações das redes, acontece que o mundo digital é editável, a vida não nem sempre.

Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

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