CONSERVAR É MAIS DIFÍCIL DO QUE GANHAR…
Já percebeu como pessoas que ganharam em loterias, que ficaram milionários de uma hora para a outra, perderam tudo.
Pode ser pela a inexperiência em lidar com valores, a irresponsabilidade com gastos.
Aliás tem uma estatística que diz que a primeira geração de empreendedores de uma família junta, a segunda no máximo mantém e a terceira perde.
É que a gente tem uma grande dificuldade de conservar aquilo que ganha, parece mais difícil guardar do que ganhar, quem já não teve um segredo revelado por quem prometeu guardar?
Conservar, manter, preservar, é uma arte, seja bens, amizades, bençãos, e a graça, sim a graça divina que por ser de graça, a gente perde, muitas vezes pelo descaso, por não querer guardar, e onde não está guardada a graça, pode parecer pesado, mas entra a desgraça.
DEUS SE ESQUECEU…
Tem uma estória de uma mulher que dizia conversar com Deus.
Ela foi até um padre e contou isso, o padre não deu muita bola, mas ela insistiu e foi outras vezes, até que o padre a mandou para o bispo que teve uma ideia, disse a mulher: “Da próxima vez que você se encontrar com Deus, pede a ele que lhe conte o meu último pecado.” O bispo pensou: “Só eu que sei e claro que ela vai chegar aqui falando qualquer coisa e aí se encerraria o assunto.”
A mulher chegou dias depois até o bispo e disse: “Falei com Deus hoje.” Então o bispo ansioso perguntou: “E aí? Ele te falou sobre o meu último pecado?” A mulher disse: “Até perguntei senhor bispo, mas ele me disse: “Fala para o bispo que o último pecado dele eu já me esqueci.”
NÃO TROQUE UM PROPÓSITO POR UMA PROPOSTA
Ter um propósito, é decisivo para se alcançar objetivos.
Acontece que durante a estrada, rumo ao propósito é cercada de muitas propostas, e aí cabe a firmeza em não se deixar enganar, pelas propostas sedutoras.
Vejo o tamanho do esforço, que os meninos aqui do Novo Sinai, fazem para se manterem sóbrios. O propósito é ficar sóbrio, mas sempre aparecem propostas e jogam muitos propósitos por terra.
Lembram nas estórias em quadrinhos, quando o personagem tinha um anjinho de um lado e um diabinho do outro, e o diabinho sempre com uma proposta sedutora, pronta pra derrubar o propósito.
Não mudou muito, somos esse personagem hoje, temos a nossa consciência que grita pra que a gente não perca o foco, mas as propostas ditas baixinho no pé do ouvido muitas vezes são as que a gente ouve.
O PESO INÚTIL
Meio copo de água é pesado pra você segurar?
Provavelmente você vai dizer que não.
Mas se eu te pedir para segurar durante um dia todo, vai lhe pesar e muito.
Isso também acontece com pequenas coisas, que a gente insiste em carregar ou ficar segurando, são pequenas e até seriam leves, mas como a gente insiste em não se desfazer, acabam tendo um peso insuportável.
Tem coisas que vão te pesar toneladas, se você não se livrar: a mágoa, a falta de perdão, são as mais pesadas.
Aí você pode me dizer, de cara: “Mas o que o outro me fez, já é muito pesado.”
Pois é, se algo leve, mantido por um longo tempo te pesa, imagine o que já é pesado em si.
Se desfaça de pesos inúteis, eles te cansam, a ponto de te paralisar.
VOCÊ VAI ERRAR, MAS ERRE DIFERENTE
Errar é humano, persistir no erro é burrice.
E persistir no erro é errar de novo do mesmo jeito.
Pôr a mão no fogo depois de queimado e pensar: “Dessa vez não queimar.”
Tem um capítulo no livro da vida de Thomas Edson, inventor da lâmpada, diz que ele dedicava todo tempo tentando manter a lâmpada acesa, quando já havia tentado 1.000 vezes, os amigos em volta lhe disseram: “Edson você já tentou mil vezes, desiste.”
Ele disse: “Agora? De jeito nenhum eu já tenho 1.000 formas de como não fazer.” E dizem que na milésima primeira vez ele conseguiu.
Então erros, são degraus, nunca volte ao anterior, nunca erre igual, use os erros pra te mostrar o que não fazer de novo, faça diferente, quem sabe, é nessa próxima vez que sua lâmpada vai permanecer acesa.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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