SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

O FILHO DE ONTEM É O PAI DE HOJE

O filho de ontem, é o pai de hoje.

E como fazer essa transição? Ou melhor, como agregar esse novo papel?

Duas situações são importantes hoje, a condição tecnológica, e também a comportamental.

Os filhos hoje aprendem o alfabeto digital na mesma velocidade que aprendem a falar.

Acontece que, foram os pais que desenvolveram toda essa maravilha tecnológica, os games, os celulares, coisas que os filhos, às vezes ignoram os méritos.

Em relação ao comportamento, para o filho que hoje é pai, o lema era, obedecer e pronto, se estabelecia ali, uma hierarquia.

Hoje, o filho tem vontade própria, o que faz perder o poder da regra.

A falta de reconhecimento dos méritos dos pais, compromete a autoridade, e não se dá valor a regra, pois não se valoriza que lhe passa a regra.

O BRASIL PRECISA DE MAIS IMPORTAÇÃO

Se você ler essa frase num jornal, vai imaginar algo sobre comércio exterior, balança comercial, por aí né?

Mas aqui vamos ficar com o a origem da palavra importar, que quer dizer: trazer para dentro, trazer para si.

A intensão é provocar mesmo.

O quanto você importa do outro para dentro de você? O quanto o problema do outro é seu também?

Logo no começo do Novo Sinai criamos uma frase, que até hoje está no nosso material de divulgação e diz assim: “Se você quer continuar como está, o problema é seu. Mas se quer mudar o problema é nosso.”

Isso quer dizer, o problema de a pessoa usar droga não é meu, mas eu me importo.

Talvez não seja os países que precisem de mais importações, mas sim eu e você, precisamos nos importar mais.

NÃO APRENDI DIZER ADEUS…

Nascemos sem saber absolutamente nada, nem respirar a gente sabe, e durante a vida vamos aprendendo, mas tem coisas que as vezes a gente morre sem aprender.

Se desfazer ou despedir de algo ou alguém que a gente gosta, é difícil, não se aprende, e talvez o termo correto seja aceitar.

Dizer adeus pra quem a gente ama, é muito difícil, a gente imagina que ainda tem muito a dizer a ela, muito a fazer junto, então a palavra certa seja aceitar mesmo, quando o adeus for inevitável.

Mas que todo adeus nos venha seguido por um “boas vindas” e que seja um recomeço.

Se te disserem adeus, e saírem, fique, continue, não tente ir junto, e diga pra você mesmo: “Talvez não tenha aprendido dizer adeus, mas aprendi que adeus existem.”

MATE MAUS SENTIMENTOS EM LEGITIMA DEFESA

Você sabia que o código penal brasileiro, e o próprio catecismo da igreja católica absolve de cara, uma pessoa que em legitima defesa tire a vida de alguém?

Conclusões de teólogos e a própria lógica diz que defender-se, defender sua vida faz parte do amor próprio.

Peço a Deus que eu nunca precise chegar a esse extremo, mas num momento onde se discute com bastante ênfase a hipótese de se armar ou desarmar a população, tenho percebido o tanto que nós não conseguimos nos defender de nós mesmo.

Não conseguimos matar dentro de nós, sentimentos que se não forem mortos, eles sim podem nos matar.

São sentimentos: de vingança, soberba, falta de perdão, tudo isso corrói por dentro, e acaba nos matando.

Então um conselho, identifique e mate todos os seus maus sentimentos em legitima defesa.

ANSIEDADE: O EXCESSO DE FUTURO

Ouvi dizer que ansiedade, é excesso de futuro.

Seja futuro, seja passado, se é excesso não está certo.

É trazer pro agora, uma ocupação futura, pré-ocupação, de algo que às vezes nem aconteça.

Você não consegue estar fisicamente no dia de amanhã, no ano que vem, no dia que vencer o boleto, mas o desgaste acontece da mesma forma.

Se soma a realidade, com a suposição do futuro, e isso sobrecarrega o presente.

Muitos confundem, e até defendem essa ansiedade chamando de iniciativa.

Nem sempre! É preciso paciência, não ao ponto de perder o desejo, mas nem tão ansioso a ponto de não esperar.

Gente, é impossível fazer uma coisa às pressas com prudência e bem feito ao mesmo tempo.

Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

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