DEUS OU DEUSES…
Se você procurar nos dicionários, livros de história, vai encontrar a palavra deuses. Isso quer dizer então, que existe o plural de Deus?
Não! Definitivamente não existe quando definimos Deus, de acordo com sua essência como Ele realmente é, único, eterno, existente por si.
Mas na história antiga, era comum se criar deuses de acordo com as necessidades do momento, uma busca momentânea, emergencial, oportunista até, e não um Deus pleno dono de tudo.
Lembra do bezerro de ouro que os israelitas fizeram num momento de insegurança na travessia do deserto? Os deuses criados pela mitologia grega?
Pois é, mas a definição de Deus interpretada pela fé, deixa Deus mais singular ainda.
O homem novo, sábio, verdadeiramente lúcido na fé, é aquele que tem Deus, e não aquele que tem deuses.
GOTAS DIÁRIAS DE MENTIRAS
Tem coisas que são tão automáticas em nós, talvez pela frequência que a gente faz, que fica tão involuntária, como a respiração.
Só um exemplo, quando você fez as primeiras aulas para aprender a dirigir, lembra como tinha que ficar pensando na hora de trocar a marcha, na hora de dar seta? Pois é, e hoje é tão automático né? A gente faz e nem percebe?
Agora presta atenção, como é automático as mentiras na nossa rotina, seja tentando vender alguma cosia, repassando uma notícia, e a gente chama essas mentiras rotineiras, de mentirinha, como que se colocar no diminutivo amenizasse a mentira.
Cuidado, uma gotinha de veneno dentro de um litro de água contamina toda a água, da mesma forma, algumas gotas diárias de mentiras podem te contaminar sua vida toda.
O BRANCO E O PRETO DO PIANO
Recentemente vi que sugeriram que algumas palavras devem ser excluídas do nosso dicionário por supostamente conter cunho racista, tipo esclarecer, denegrir, e por aí vai.
Isso seria desnecessário, se a gente entendesse que respeitar o outro é ter um olhar inteiro, que seres humanos tem aparências diferentes mais valores iguais, que a cor da pele não pode ser mais importante que o brilho do olho.
Ninguém nasce odiando o outro por causa da cor da pele, as pessoas aprender a odiar, mas se aprender a odiar, podem aprender a amar.
Mas insistimos em ensinar que se respeitem, negros, brancos, índios, drogados, quando resolveria ensinar a respeitar o ser humano.
Ensinar a harmonia do conviver, como convivem as teclas brancas e pretas de um piano que juntas compõe a perfeição da melodia.
O INIMIGO DO MEU AMIGO, NÃO PRECISA SER MEU INIMIGO TAMBÉM
A intolerância é o que mais separa as pessoas, quantas guerras por motivos religiosos, brigas por futebol, por política.
Chega a ser insano, mas a gente faz o perfil do outro, pelas escolhas isoladas do outro, e não como um todo.
Ah fulano vota em quem eu não voto, ah ele ouve música que eu não gosto, pronto…
Esquece quem tem 10% de divergência com você, pode ter 90% de coisas em comum.
E o pior, só por fazer parte de um grupo diferente do meu, já vem o julgamento: “Me digas com quem andas, que eu digo quem tu és.”
Negativo! O inimigo do seu amigo não precisa necessariamente ser seu inimigo, porque o amigo do seu amigo, será necessariamente meu amigo também?
Se em problema eu corro, se não tem, eu coloco.
Ouvi que só existe dois tipos de problemas: Os que não tem solução, e os que tem solução.
Tá! Mas se for olhar dessa forma nenhum dos dois podem ser chamados de problema, se não tem solução, deixa pra lá, é passado, bola pra frente, agora, tem solução, ótimo, já não é mais um problema, pois tem solução.
Veja que essa não é uma definição tão simplista como pode parecer, é que a maioria dos nossos problemas são frutos sim, da criatividade nossa.
É que vemos problemas em tudo, quando estamos pra baixo, com pensamentos negativos, aí parece tudo sem solução, porque a gente tenta resolvê-lo mantendo esse nível de pensamento.
Na verdade, nós humanos somos estranhos, de onde tem problemas a gente corre, agora onde não tem a gente coloca.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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