VIR DO ALTO, NÃO QUER DIZER QUE CAI DO CÉU
Gente, ter fé, e esperar pelas coisas do alto, é bem diferente de esperar cair do céu.
Fé não é encarregar Deus de providenciar tudo, veja, se não acontecer o milagre da chuva, você pode muito bem jogar água na sua horta.
Quem conhece o Novo Sinai, sabe que a gente repete de 9 a 15 vezes por dia, Deus Provê, Deus Proverá, mas isso não quer dizer ficar esperando cair do céu.
Os milagres da época de Jesus, todos contaram com algum tipo de participação humana, tem milagre que não acontece, não se vai buscar.
O milagre não cai do céu, aliás quem caiu do céu foi um tal de anjo rebelde.
À providência Divina, cabe completar o que o humano não conseguiu alcançar.
MONTA, USA, E SÓ DESMONTA NO FIM
Depois de uma certa idade a gente admite com mais convicção de que a vida é curta né?
Em média 75 anos para os brasileiros, e se a gente dividir em 3 fases, são 3 de 25.
Uma vez li que a primeira é a montagem, a segunda o uso, e a terceira, a desmontagem.
E é bom tomar cuidado para não descobrir que a vida é curta, desmontagem né?
Lamentar que quando podia não sabia, e agora que sabe, não pode.
Um outro detalhe sobre nosso tempo, é que se a gente dormir 8 horas por dia, aos 75 anos você já dormiu 25 anos, e pasmem, tem gente que espera um final de semana ou um feriado, para dizer: “Vou aproveitar pra dormir mais um pouquinho.”
Sinceramente, está antecipando a desmontagem.
OS SETE “NÓS” DO PAI NOSSO.
Veja até o fim, que interessante.
Na oração do Pai Nosso, quando nela aparece sete vezes os pronomes nosso e nós, duas na primeira parte e 5 na segunda.
“Pai nosso, que estais no céu.
Santificado seja vosso nome.
Venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade,
assim na terra como no céu.
O pão nosso, de cada dia nos dai hoje…
Perdoai as nossas ofensas.
Assim como nós perdoamos…
não nos deixeis cair tentação…
Mas livrai-nos, do mal…”
São pronomes que por sete vezes, dão a ideia de coletivo e de pertencimento.
Não dizemos Pai meu, e nem que venha a mim o seu reino, mas para nós.
E o melhor implícito nisso.
Para os Judeus na época de Jesus, 7 era a plenitude, a perfeição, e Jesus usou 7 vezes esses pronomes, para nos dizer que nada dentro do cristianismo, faz sentido, sozinho.
MUDAR O NOME DA DOENÇA NÃO AJUDA NA CURA
Você já deve ter ouvido, principalmente de pessoas mais antigas, quando querem contar que alguém está com câncer dizer: “Ah fulano tá com a doença ruim.” Como se existisse doença boa né?
Inconscientemente a intenção é amenizar a situação, como que se mascarando a verdade, pudesse ajudar. Mas mudar o nome da doença, do problema, da situação não ajuda, até atrapalha, pode te fazer tomar o remédio errado.
É optar pelo engano que ameniza, do que pela verdade, que incomoda, mas resolve.
Esse instinto de esconder limites, é uma desculpa que tem deixado o mundo cheio de gênios, de conselheiros, mas que não agem por se dizerem com um compromisso vital com a humildade.
Mentira, falta mesmo é coragem para assumir, e agir, e aí se perde a chance de todo tipo de cura.
VIVER, EXISTIR E DURAR
Viver e existir são duas coisas diferentes, mas muitas vezes confundidas.
Simplesmente ocupar um espaço, até respirar e manter as funções vitais, não é viver.
Viver é experimentar emoções, desafios, alegrias, tristezas, ter sonhos.
É se conectar com pessoas, compartilhar, criar momentos e laços afetivos.
Simplesmente existir, penso que é muito monótono e vazio.
É preciso ter um propósito, uma razão para levantar todos os dias.
Reflita como você está: apenas existindo ou realmente vivendo?
Aproveitando o máximo cada momento ou deixando a vida passar sem perceber?
Só existir, é uma forma de coisificar nossa vida, igual um objeto, que até existe, tem prazo de validade, olha até é útil.
As coisas existem, mas só nós, os filhos, e não só criaturas de Deus podemos viver.
Escolha a vida, porque você existe para viver, e não vive simplesmente para existir.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
Informações
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