SOBRIEDADE JÁ 

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI - Foto: Reprodução

ANTES DA MORTE, OLHE PARA TRÁS 

Tem uma coisa que será inevitável, e você terá que fazer logo na hora da sua morte. 

Sabe o que é?  

Olhar para trás. 

A gente aprende que só se deve olhar para frente, para o futuro. Faz sentido, mas também é necessário olhar para trás, e perguntar por exemplo: “Eu ter convivido com as pessoas que convivi, foi realmente bom para elas?” 

Se eu não tivesse passado pela vida dessas pessoas, elas estariam melhores ou piores do que estão hoje? Somei ou subtrai da vida delas? 

Pensa como seria trágico fazer essa constatação só na hora da morte, onde não há mais tempo para mudar, e chegar à conclusão de que em alguns casos sim, se as pessoas não tivessem convivido com você, elas estariam melhores hoje. 

Antecipe esse olhar para trás, e mude o que ainda dá para mudar pela frente.

A ESCULTURA JÁ ESTÁ DENTRO DA PEDRA 

Um escultor quando vai fazer sua escultura, ele parte de uma peça bruta.  

Quem já foi em Ouro Preto com certeza viu as esculturas do Aleijadinho, e se impressiona com a perfeição dos detalhes. 

Pensar que aquilo já foi uma pedra bruta né? 

Mas o que ele fez para ela se transformasse em uma obra de arte? 

Ele tirou os excessos. 

O artista olha para pedra e já enxerga a escultura dentro dela. 

Só existe excesso de pedra em volta, que precisam ser tiradas. 

Nós somos uma obra de arte, Deus nos vê assim.

As vezes o que falta é tirar os excessos também, excessos de preocupações, de julgamentos, de culpas, de passado, excessos de futuro, isso acaba ficando em volta da gente, e descaracterizando nossa essência.

Tudo que Deus faz é perfeito, somos perfeitos, mas temos uma vida toda para se deixar lapidar.

CORDEIRO COM PELE DE LOBO, QUEM COLOCOU? 

Você já deve ter ouvido: “Ah fulano é um lobo em pele de cordeiro.” 

Isso mostra o perfil de quem insiste em manter uma aparência, são os lobos interessados em levar algum tipo de vantagem sobre os cordeiros, e se fazem aparentemente iguais, mas são inimigos. 

Mas existe também, uma outra forma de se descaracterizar uma essência, e aí levar vantagens, é colocando pele de lobo sobre quem está tentando ser cordeiro, é fofoca, é mentira, é lacração. 

A simples presença do suposto cordeiro incomoda, que precisam descaracterizar o outro, mostrar tudo de lobo que ele tiver, e se ele não tiver muito de lobo, se mete pele de lobo nele. 

Olha, não se chega ao nível do outro, rebaixando o outro, mas subindo até ele. 

Infelizmente quando aparece alguém fazendo algo de bom, como um cordeiro, logo se corre para cobri-lo com a pele de lobo.

MENOS ACHOLOGIA, E MAIS ÁGUAS PROFUNDAS 

Principalmente com as redes sociais, cresceu demais o número de pessoas que demonstram saber tudo, sobre tudo né? 

São profissionais em “achologia”, eu acho e já vou publicando, acreditando como verdade. 

São formados pelo Facebook, Instagram, mas infelizmente, com uma visão muito rasa dos fatos. 

Hoje, se sabe pouca coisa, sobre muita coisa, qualquer assunto todo mundo dá seu palpite, mas se for aprofundar mesmo, fica tudo no raso, ou seja, é um oceano enorme de informações, porém sem profundidade, não sai da praia. 

O problema, é que não se mergulha naquilo que se diz conhecer, não se vai a fundo, a verdade fica escondida, e essa superficialidade se estabelece inclusive sobre conhecer a si mesmo, ou seja se permanece na superfície, na superficialidade, quando Jesus deixou bem claro: “Vai, avance para as águas mais profundas, e lá, jogue suas redes.”

QUANTOS ANOS VOCÊ SE DARIA, SE NÃO SOUBESSE SUA IDADE? 

Quantos anos você diria que tem, se não soubesse a sua idade? 

Veja, não é quantos anos você gostaria de ter, mas quantos anos acha que teria. 

Essa é uma pergunta, que se você for sincero ao responder, será capaz de identificar seu nível de maturidade.  

Provavelmente você se sente adulto em várias situações, mas também identifica áreas, que não cresceram o suficiente, para se tonar maduro. 

Não crescer em algum aspecto da sua personalidade pode ser uma forma de defesa. 

Não se cobra de um bebê que ele faça cálculos, que ele trabalhe, produza. 

Aí sem perceber, ou de propósito, muitos deixam bem infantis aspectos que podem representar exigências caso atinjam maturidade. 

Veja então, se você não tem deixado ainda na mamadeira, principalmente sua fé, com medo que ela cobre além do que você está disposto a dar.

Por Carlinhos Marques 

Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”

Informações

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