SOBRIEDADE JÁ

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Carlinhos Marques - Presidente Fundador da Comunidade Terapêutica Novo Sinai

SOMOS INVENTORES DE PESSOAS

Sempre admirei os grandes inventores da história, Tomaz Edson, Santos Dumont, por aí vai.

O interessante é que o inventor, é aquele que cria algo que não existe, usando coisas que existem.

E são considerados gênios, porque olham as mesmas coisas que todos olham, mas vêm o que os outros não conseguem ver.

E nós? Bom, a grosso modo somos inventores de pessoas, olhamos o outro e criamos um perfil em cima do desenho da nossa criatividade.

Eu penso que esses grandes inventores, olham com amor tudo que veem, mesmo que seja quebrado, sujo, estragado, aparentemente sem utilidade.

E aí vem Jesus também como inventor, inventor de pessoas, lembra da mulher pega em adultério, do ladrão na cruz, da samaritana, do durão do Pedro, todos viam eles como pecadores só, Jesus viu além, viu a imagem e a semelhança divina.

E aí, será que não estamos inventando demais nas pessoas por aí, fazendo delas o que não são?

BUSCAR CAUSAS E NÃO CONSEQUENCIAS

Dizem que dois pescadores ali na margem do rio, de repente viram uma criança descer correnteza abaixo se afogando, desesperados se jogaram os dois na água e conseguiram salvá-la.

Atônitos ali, ainda sem entender o que tinha acontecido, e não é que mais duas crianças aparecem também descendo correnteza abaixo desesperadas se afogando.  Fizeram mesma coisa, se jogaram no rio, mas infelizmente desta vez só conseguiram salvar uma criança, a outra infelizmente desceu ria abaixo.

Mais desesperado ainda, sem entender nada, olham pro rio e dessa vez 3 crianças descem se debatendo, tentando sobreviver, enquanto desciam correnteza abaixo.

Um dos pescadores, sem pensar, se joga no rio pra tentar salvar, agora três crianças, mas o outro sai correndo rio acima, então o que estava dentro da água gritou desesperado e até meio bravo com o amigo:

Oh você não vai pular aqui pra me ajudar salvar essas 3 crianças?

Ele gritou mais alto ainda: não, vou lá em cima pra ver quem está jogando as crianças no rio.

Pois é, pais antes que seus filhos se afoguem, não deixe que estranhos os joguem correnteza abaixo, fique atento nos detalhes, lá na nascente do rio, tem muita gente pronta pra joga-los rio abaixo.

FOTOGRAFAR O MOMENTO FAZ PERDER O MOMENTO

Hoje as pessoas com seus celulares na mão, estão perdendo momento para fotografar o momento.

Pois é, acontece que momentos são únicos.

Se fotografa onde se esta, com quem se está, como se está vestido, o que está comendo, ok, mas que mal há nisso, além de se perder o momento?

Me parece uma baita necessidade de se ser notado, de ser visto.

Mas quem disse que a essência está só na certeza de ser notado? Muitas vezes a verdadeira essência está na ausência, quando percebem que você está fazendo falta.

Discrição é uma virtude. Preste atenção nisso: a discrição é para a alma, o que as suas roupas, ou o seu pudor é para o seu corpo. Então vista sua alma de discrição, e você seja visto pela alma do outro, e não só pelos olhos dos outros.

APRENDA COM OS ERROS DOS OUTROS

Desde criança a gente ouvi os pais os professores repetirem esse ditado:

A pessoa inteligente é aquela que aprende com seus próprios erros.

Concordo em parte, erros devem nos remeter sim a mudanças.

Mas penso que o ápice do aprendizado, é quando você consegue aprender com os erros dos outros.

Não preciso errar onde outros já erraram. Não preciso colocar a mão no fogo pra saber que queima… Alguém já colocou antes que eu.

Então vamos melhorar esse ditado:

O inteligente aprende com seus próprios erros, e o sábio é aquele que aprende com o erro do outros.

O INJSUTIÇADO GRITA, JÁ O INJUSTO NÃO ADMITE

Seja sincero, você conhece alguém que se declare explicitamente a favor da injustiça?

É óbvio que não, mesmo os grandes injustos, vão se dizer que são sempre a favor da justiça.

Acontece que não existe injustiçados caso não aja injustos, a conta não bate, é o tal de pecado sem pecador.

Mas essa é mais uma incoerência nossa, sempre nos vermos como vítima.

Se estabelece uma convicção farisaica, de ser sempre o oprimido e quase sem perceber se instala em nós um desejo de vingança, e sutilmente o suposto oprimido, revestido do ódio que lhe faz querer se vingar, torna-se aí sim, um verdadeiro injusto.

Por: Carlinhos Marques

Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já”

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