Governador do Estado ainda pediu desculpas à população e disse não tolerar esse tipo de situação.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que o policial militar flagrado agredindo uma mulher em uma estação de metrô será “severamente punido”. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (8.abr), em Santo André.
O caso ganhou repercussão na tarde de ontem. Nas imagens, é possível ver um PM discutindo e batendo em uma jovem já sentada na estação da Luz do metrô, no centro de São Paulo. Em declaração à CNN, a advogada da vítima relatou que ela foi vítima de homofobia e que está psicologicamente muito abalada.
Durante a coletiva de imprensa, Tarcísio falou sobre o caso. “Identificamos o policial, já está afastado do serviço da rua. Lamentamos profundamente, não condiz com a grandeza dessa instituição Polícia Militar, que é uma instituição de excelência. Não toleraremos nenhum tipo de desvio. Esse policial militar será severamente punido, e é o mesmo destino que terá todo mundo que não entenda necessário tratar nosso cidadão com urbanidade, que desrespeite os princípios da corporação”, disse o governador.
Ele ainda pediu desculpas à sociedade pela ação do polícia e disse policiais que ultrapassarem limites serão punidos até com expulsão da PM.
Fala completa de Tarcísio de Freitas sobre o caso: “Já identificamos o policial, esse policial já está afastado do serviço da rua. É uma coisa que a gente lamenta, não condiz com a grandeza dessa instituição Polícia Militar, que é uma instituição de excelência. Nós não vamos tolerar nenhum tipo de desvio. Esse policial militar será severamente punido e é o mesmo destino que terá todo mundo que não entenda que é necessário tratar o nosso cidadão com humanidade, que desrespeite aqueles princípios da corporação. Sou o primeiro cara a defender a polícia no enfrentamento contra o bandido, no enfrentamento ao crime, mesmo que esse enfrentamento, por vezes, seja duro, com confronto que a gente não quer. Agora, por outro lado, não vamos tolerar de jeito nenhum esse tipo de excesso, abuso, são coisas que falam mal da instituição, que atingem a imagem da instituição e nós temos que preservar essa instituição, que é uma instituição importante. O destino dessas pessoas que resolvem transgredir será a punição disciplinar, o afastamento da corporação, a expulsão e nós vamos agir com muita força para impedir que comportamentos dessa natureza se repitam. Então, a gente lamenta, pedimos desculpas à sociedade e não vamos tolerar esse tipo de comportamento.
Entenda o caso
Uma mulher foi agredida com pelo menos um tapa no rosto por um policial militar fardado na tarde de sábado (6), na plataforma da estação Luz, do Metrô, em São Paulo. As imagens foram gravadas por testemunhas, que compartilharam o vídeo nas redes sociais. O policial filmado foi afastado pela PM.
Uma pessoa que comentou um dos vídeos disse ter presenciado a agressão e informou que antes do tapa no rosto captado pelas câmeras de celular, o policial já havia atingido a vítima com chutes e outros tapas. A Polícia Militar informou que ainda não identificou o agressor e que analisa as imagens para tomar as providências cabíveis.
Familiares da vítima falaram à imprensa que corroboraram a versão de mais agressões e explicaram que a mulher voltava do trabalho, quando se sentou na plataforma para esperar o trem. Neste momento, o policial teria se aproximado e a agredido com empurrões e pontapés. “Quando ela ficou no chão, levou um tapa no rosto”, relatou um dos familiares.
No vídeo, é possível notar que a vítima está indefesa no chão, quando o policial grita com ela apontando o dedo para o rosto da mulher pedindo para ela abaixar a mão. Depois da agressão, o policial abandona o local.
A vítima é acompanhada pelo Fórum Mogiano LGBT+, associação pela defesa dos direitos da população LGBT+ de Mogi das Cruzes/SP, que informou que a mulher já fez um boletim de ocorrência digital e que irá fazer os exames de corpo de delito na segunda-feira.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública informou que lamenta o ocorrido e esclarece que a conduta apresentada não condiz com as diretrizes das forças de segurança paulistas. Já o Metrô informou que o caso está sob responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública e que não irá comentar.
*Com informações da CNN Brasil