Secretaria da Cultura e Turismo realiza segunda parte de oficinas culturais on-line

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Nesse segundo momento serão nove oficinas; inscrições são gratuitas e limitadas.


A Secretaria da Cultura e Turismo realiza, a partir do dia 10 de junho, a segunda parte do “Oficinas Culturais – Formação para o Interior Edição Junho 2021”, projeto realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura e Economia Criativa, Instituto Poiesis e Oficinas Culturais, em parceria com a Secretaria da Cultura e Turismo de Votuporanga.

Os workshops iniciarão a partir do dia primeiro de junho com a realização de seis oficinas que já tiveram suas inscrições encerradas e, nesse segundo momento, serão articuladas outras nove oficinas abordando temas como linguística, empreendedorismo cultural, fotografia, literatura, carreira artística, psicanálise, design, arte visual e música, distribuídas em 440 vagas.

Cada oficina possui link específico para inscrições, que são gratuitas e limitadas, e serão transmitidas ao vivo pela plataforma Zoom.

A diversidade linguística brasileira

Sob coordenação de Cecília Farias e Bruno Guide, a oficina disponibiliza 50 vagas até serem preenchidas e será realizada no dia 10 de junho, das 18h às 21h. Quantas línguas são faladas hoje no Brasil? Por que o português falado aqui é tão diferente do falado em Portugal? Quais línguas influenciaram o nosso idioma? Ainda que sejam faladas no Brasil mais de 200 línguas, existe a ideia (propositalmente difundida) de que somos um país monolíngue. Para desfazer essa imagem de país de língua única, o intuito da oficina é discutir essas questões e apresentar um pouco da rica diversidade que é parte fundamental da história do Brasil.

Bruno Guide e Cecilia Farias são doutorandos no Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo e conduzem o “Babel Podcast” ( https://medium.com/babelpodcast ), podcast dedicado à divulgação da diversidade linguística no mundo; a cada episódio, é apresentada uma língua diferente, em seu contexto histórico, social e político, bem como cultura dos povos que falam essas línguas.

Elaboração de projetos para o desenvolvimento de agentes e agendas

O workshop realizado por Daniele Sampaio será dividido em duas turmas, em dias diferentes. Nos dias 15, 17, 22, 24 e 29 de junho, das 14h às 16h, será a Turma A e nos dias 16, 21 ,23, 28 e 30 de junho, das 18h às 20h, será a Turma B.

As inscrições seguem até o dia 30 de maio e totalizam 60 vagas, destinadas a artistas, produtores, gestores, estudantes e demais atuantes na área cultural. Dentre os assuntos abordados, os desafios enfrentados por agentes culturais ao acesso a fontes de financiamento, imprescindíveis para a consolidação de um percurso artístico consistente. O primeiro passo para superar esta realidade envolve a elaboração do projeto, quando se dá contorno textual às ideias. No entanto, escrever é bem mais do que uma dinâmica de perguntas e respostas. Para além do domínio da técnica, como agentes culturais podem empreender a escrita de modo atento às dimensões cidadã, política e social intrínsecas ao fazer cultural? De que modo a práxis cotidiana destas e destes agentes podem estar vinculadas à consolidação de agendas?”.

Daniele Sampaio é trabalhadora da Cultura no Brasil. Atua como produtora, gestora cultural e pesquisadora de políticas culturais. Bacharela em Ciências Sociais e Mestra em Artes da Cena pela Unicamp. É fundadora da SIM! Cultura. Desde 2006, atua em colaboração permanente com o ator Eduardo Okamoto. Autora de “Agentes Invisíveis e Modos de Produção nos Primeiros Anos do Workcenter of Jerzy Grotowski” (2020) e “Elaboração de Projetos para o Desenvolvimento de Agentes e Agendas (no prelo)”, ambos pela Editora Javali.

Fotoescultura no Brasil – um breve panorama

A proposta da palestra ministrada por Diana Proença, que irá ocorrer nos dias 15 e 17 de junho, das 10h às 12h, e com 30 vagas abertas, é apresentar um recorte da produção de fotoesculturas de artistas brasileiros, caracterizados por trabalhos fotográficos com formas tridimensionais. A técnica, que surgiu no campo das artes visuais entre as décadas de 60 e 70 no mundo e também no Brasil, é uma prática exclusiva da arte contemporânea, podendo ter inúmeras formas de materialização e conceituação, em trabalhos complexos que unem as linguagens fotográfica e escultórica.

O público-alvo são estudantes, artistas, professores, pesquisadores e interessados em geral. As inscrições encerram no dia 30 de maio.

Diana Proença Módena é formada em Artes pela Unesp, é artista visual, arte-educadora, designer de acessórios e fotógrafa. Participou de salões e exposições nacionais e internacionais, como Arte como Respiro: Múltiplos Editais de Emergência do Itaú Cultural; Corpo que é meu Outro no Centro de Educação e Cultura de Suzano; 3º Salão de Outono da América Latina no Memorial da América Latina; entre outros. Realizou quatro exposições individuais.

Fotografia e Literatura: pela janela dos meus olhos – uma crônica na pandemia

O tema abordado é relacionado a imagem e palavra, considerados textos e que têm o propósito de comunicar. A oficina propõe trazer o ponto de vista do participante através da documentação pela fotografia feita com celular ou câmera numa junção com a escrita, considerando a rotina de cada participante, retratando personagens e situações que temos vivido durante a Pandemia da COVID-19, sendo um exercício onde o olhar encontra acalanto nas palavras silenciadas.

Será ministrada por Marco Aurélio Olímpio nos dias 15, 17, 22 e 24 de junho, das 18h às 20h, com inscrições até o dia 30 de maio e limitadas a 30 vagas. Poderão participar pessoas com idade a partir de 16 anos

Marco Aurélio é fotógrafo, trabalhou no Sesc Pompéia de 1992 a 1994 como laboratorista fotográfico. Transferiu-se posteriormente para a PUC-SP onde exerceu por 13 anos a função de técnico em ensino de fotografia e estudou Comunicação em Multimeios. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas realizadas em espaços culturais da Capital e no Interior. Teve fotografias publicadas em jornais e revistas de grande circulação no Estado de São Paulo, bem como fotografou para diversas gravadoras na realização de capas de discos. No ano de 2010, lançou seu livro “Álbum Imagens Musicais” pelas Edições SESCSP. Em 2015 teve sua trajetória filmada em documentário intitulado “Entre o Traço e a Luz”, pelo diretor Zeca Ferreira, o qual segue participando de mostras em festivais.

Iniciação ao mercado de trabalho para novos atores

Com 100 vagas disponíveis até serem preenchidas, a oficina coordenada por Emerson Grotti, será no dia 15 de junho, das 14h às 16h e é aberta ao público em geral. A atividade abordará a carreira do ator e atriz em diferentes modalidades do mercado, buscando diferenciar e esclarecer o papel das agências de modelo e de atores, falar sobre formação, entidades representativas do setor e as possibilidades de atuação em diferentes espaços.

Emerson Grotti é ator desde 1990 e formou-se em Filosofia pela UNESP em 2000. Foi professor de iniciação teatral pela CULTURARTE, em Assis/SP, entre 1991 e 1995; professor de teatro pela Prefeitura de Marília de 1996 a 2000; ofereceu Orientação Teatral na UNESP Marília, sob supervisão do Prof. Dr. Mario Fernando Bolognesi entre 1996 e 2000; professor de Performance na Oficina Cultural Alfredo Volpi em 2001, Professor de Teatro e Orientação Artística em escolas públicas do município de São Paulo entre 2002 a 2006; Professor de Estética e Filosofia da Arte nas escolas FAMA e MONTESSORI entre 2006 a 2012; e ministrou em diversas cidades o Workshop A dramaturgia do ator em 2019 pelo Programa Oficinas Culturais.

Em defesa da narratividade: psicanálise e escrita criativa em tempos de pandemia

O workshop realizado por Ricardo Hirata vai ocorrer no dia 15 de junho entre 18h e 21h, possui 50 vagas com inscrições até o preenchimento e é ofertado a estudantes, professores, artistas e interessados em geral a partir de 16 anos.

Vivemos numa era de desorientação, como Narciso à beira do lago, que não encontra em si mesmo, um lugar para um desejo. “Para onde ir? que futuro me aguarda?”.
Pandemias e catástrofes ecológicas evidenciam uma linha do horizonte onde o sol não nasce radiante, mas se põe de modo sombrio e fantasmático. Será preciso reaprender a narrar os tempos da tristeza e da melancolia, encontrar nos objetos perdidos idealizados, uma possibilidade de recriar o que perdemos, reconhecer os traumas e re-endereçar as injustiças perpetradas pelos colonialismos. Reinvestir nas potências narrativas que levam em conta conteúdos inconscientes, é imprescindível.

Ricardo Hirata é psicanalista e escritor. Com mais de 15 anos de experiência clínica, realiza desde 2015, oficinas e laboratórios de escrita criativa, na interface entre a literatura e a psicanálise, junto ao Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP-SP). Realiza também intervenções com psicanálise e literatura junto a instituições onde houveram traumas psíquicos, como casos de suicídio e abuso moral e sexual, através da escrita participativa de cartas-poemas. Em 2019, em co-autoria com pacientes de psicoterapia, escreveu o roteiro da peça “Olho de Peixe Morto”; sobre isolamento social e tentativas de suicídio entre adolescentes. Realizou uma leitura aberta do texto, com elenco profissional, no Atelier Travessia, em São Paulo, no mês de dezembro. Em 2020, fundou a “Literacura”, empresa voltada para ações em psicanálise e, com outros artistas, inaugurou o Núcleo Artístico Epidauro. É co-autor de Atendimento Psicanalítico da Depressão (Zagodoni, 2020) e de artigos em periódicos de psicologia.

Introdução à ilustração e composições digitais

Sob coordenação de Marisa Cristina de Souza, a oficina terá duas turmas destinadas a pessoas interessadas a partir de 16 anos, com ou sem experiência. Possui 20 vagas cada com inscrições até o dia 06 de junho. Turma A vai ocorrer nos dias 21 e 23 de junho, das 14h às 16h e, nos dias 28 e 30 de junho, no mesmo horário, a Turma B.
A oficina vai apresentar os principais conceitos da arte digital, utilizando softwares diversos e ferramentas mistas, aplicadas a partir de uma metodologia simples, abordando processos de produção, princípios e técnicas básicas para iniciação ao desenho, composições e ilustrações gráficas, de forma prática.

Marisa Souza iniciou sua trajetória artística com o graffiti, em 2008 e hoje é uma artista multidisciplinar. Designer de estamparia e superfícies e Moda, Ilustradora, Figurinista e Produtora Cultural, com formação em Artes Visuais e Pedagogia. Atua como educadora na Fábrica de Cultura Jaçanã e na Prefeitura Municipal de São Paulo. É uma das idealizadoras do Coletivo de produção têxtil urbana, Abayomi Ateliê, e atualmente está desenvolvendo um projeto de ilustração infantil.

Enfrentando as imagens – o olhar colonial na construção do “outro”

A proposta da palestra ministrada por Elidayana Alexandrino, que irá ocorrer no dia 23 de junho, das 18h às 21h, e com 50 vagas abertas até serem preenchidas, é discutir representações de pessoas negras na arte e na cultural visual ao longo da história, levantando aspectos do olhar colonial e como os artistas afrodescendentes constroem novas narrativas por meio de diferentes linguagens. O público-alvo são estudantes, artistas, professores e interessados em geral.

Elidayana Alexandrino é artista visual, educadora e pesquisadora, graduada em Artes Plásticas, licenciada em Educação Artística pela Universidade Braz Cubas (UBC). Desde 2012 atua em museus e centros culturais, desenvolvendo visitas educativas, oficinas e curadorias. Utiliza a fotografia como suporte de expressão e desenvolve pesquisas em que relaciona imagem, memória e cotidiano, entre elas o Projeto Narrativas que se encontram, conjunto de imagens que dialogam entre si.

Criação e composição em Rap

Comandada por Samuel Porfirio e Kiko de Sousa (PELAARTEAZUERA) com 50 vagas disponíveis até serem preenchidas, destinada a estudantes, professores, artistas e interessados em geral a partir de 16 anos e realização no dia 29 de junho das 18h às 21h, a oficina tratará da composição em Rap, explorando aspectos como tempo e ritmo, evidenciando os processos criativos de métricas. A proposta é estimular o mergulho no universo paralelo existente aos olhos do apreciador e a empatia em entender os caminhos e pensamentos diversos; explorar a origem da postura, códigos seculares, autoestima e rotina do rap, além de outros pontos relevantes, como direitos autorais.

Kiko de Sousa é músico, tecladista, produtor e professor. Morador da Zona Leste, Cohab 2 e fundador do coletivo Pelaarteazuera. É da banda “Engrenagem Urbana” e do projeto “Quebrada Instrumental”. Participou das turnês: “Licença Poética” do rapper Kamau, “Outra Esfera” da rapper e cantora Tassia Reis, “Galanga Livre” do premiado disco de Rincon Sapiência. Ao lado do DJ RB já produziu várias músicas totalizando mais de 200 milhões de visualizações no YouTube. Integrante do Projeto Guri, é professor de música na Fundação Casa de Itaqua. Símbolo de inquietude e talento, assinou junto com Rincon Sapiência a trilha sonora do filme “Medida Provisória” de Lázaro Ramos, previsto para 2020.

Samuel Porfirio: M.C., oficineiro, apresentador e entrevistador. Morador da Zona Leste, Cohab 2 e co-fundador do coletivo Pelaarteazuera. É da banda “Engrenagem Urbana” e idealizador do projeto PELAARTE&PROSA. Oficineiro de Rima no MSE (Serviço de Medida Sócio Educativa). Amante da música, compõe suas letras fortemente influenciadas na música brasileira e suas atmosferas boemias, românticas e poéticas. Escrevendo seu primeiro livro das vivências como oficineiro e artista nas Fundações Casa e MSE.