É o sexto óbito pela doença notificado no Brasil – os outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Em Votuporanga, não há casos em investigação; seis suspeitos já foram negativados.
O Estado de São Paulo confirmou a primeira morte da nova varíola nesta quarta-feira (12.out). O paciente, de 26 anos, era morador da capital paulista. Conforme a Secretaria de Saúde de São Paulo, ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas havia mais de dois meses e tinha “diversas comorbidades”. É o sexto óbito pela doença notificado no País – os outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Em Votuporanga, segundo a Secretaria Municipal da Saúde: “No momento não há casos em investigação. Todos os seis casos notificados, sendo cinco do município e um de Valentim Gentil, foram negativados”.
Já na região, a situação não é tão tranquila, por exemplo, São José do Rio Preto (12), Barretos (5), Novo Horizonte (1), Paraíso (1), Cedral (1), Mirassol (1), Bady Bassitt (1), Ilha Solteira (1) e Pereira Barreto (1); ao todo 24 casos da nova varíola. Todos os casos da região são de homens.
No total, o Estado de São Paulo tem 3.861 casos confirmados da nova varíola, com redução do registro de novas infecções nas últimas semanas, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde. A pasta reforçou que o atual surto não tem relação com os macacos e que a prevalência na transmissão é por “contato íntimo e sexual” entre pessoas.
O governo paulista não detalhou quais eram as comorbidades do primeiro paciente a morrer pela doença no Estado. Conforme a Secretaria da Saúde, o homem “passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves” e estava em tratamento desde o início de agosto.
Os demais óbitos no Brasil foram registrados no Rio de Janeiro (3) e em Minas Gerais (2). Nos quatro primeiros casos, as vítimas eram homens e tinham comorbidades e baixa imunidade, segundo as autoridades de saúde.
Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
Vacinas
O Ministério da Saúde recebeu na última semana o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos. A remessa, com 9,8 mil unidades, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 4. Ao todo, o Brasil comprou aproximadamente 50 mil imunizantes via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Os próximos lotes devem ser entregues até o fim de 2022. Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), inicialmente, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos. O objetivo é gerar “evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança” da vacina contra a monkeypox e, desta forma, orientar a decisão dos gestores.
Tire suas dúvidas
Prevenção contra a Monkeypox:
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
Sintomas da nova varíola (Monkeypox)
- O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;
- Caroço no pescoço, axila e virilhas;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Cansaço;
- Dores musculares.